BANCO CENTRAL


BC é só árbitro e não deve opinar em discussão do rotativo do cartão, diz diretor.

Aquino afirma que papel da autarquia é avaliar propostas e submeter ao CMN.

O diretor de Fiscalização do Banco Central, Ailton de Aquino Santos, afirmou nesta quinta-feira (9) que a autarquia exerce apenas um papel de árbitro nas discussões entre bancos e empresas de maquininhas sobre a limitação dos juros do rotativo do cartão de crédito. Segundo ele, a autoridade monetária não deve interferir no debate.

Integrantes do BC têm participado de encontros com representantes do setor financeiro para discutir taxas mais baixas para o rotativo do cartão, tipo de crédito mais caro do país. 

Desde que foi publicada a sanção da lei do Desenrola Brasil, que prevê mudanças de regras para essa modalidade, foi iniciado o prazo de 90 dias para as empresas apresentarem uma proposta para o tema —se não houver consenso, a dívida passará a ser limitada ao dobro do montante original.

"O BC nessa perspectiva é só um árbitro, não deve influir ou ter opinião acerca do que deve ser construído. 

Porque a construção deve ser do mercado", disse Aquino durante entrevista sobre relatório de estabilidade financeira.

"A gente tem muitas propostas [feitas pelos diferentes envolvidos] na mesa. 

O papel do BC é avaliar as propostas e submeter, caso seja uma proposta de consenso –como diz o texto normativo–, ao CMN [Conselho Monetário Nacional]. 

Nosso papel é de regulador, de supervisor e de acompanhar", afirmou.



FOLHA DE SÃO PAULO
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