Bolsa cai após inflação indicar
corte menos agressivo dos juros pelo BC.
Dólar
abre sessão em alta, mas passa a cair puxado por exterior e fecha com
desvalorização de 0,43%
A
Bolsa brasileira registrou queda nesta terça-feira (11), mesmo após a
divulgação de que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo)
teve deflação de 0,08% em junho.
Apesar da queda nos preços, a maior
para o mês desde 2017, o resultado veio em linha com a expectativa do mercado e indica um possível corte de juros menos agressivo
pelo Copom (Comitê de Política Monetária) em agosto.
Já
o dólar começou o dia em alta ante o real,
mas passou a registrar queda durante a tarde com a expectativa de que dados de
inflação nos EUA possam justificar um fim mais rápido dos aumentos da taxa de
juros pelo Fed (Federal Reserve, o banco central americano).
Investidores
digeriam, ainda, os comentários de várias autoridades do Fed feitos na
segunda-feira (10), que disseram que o nível de inflação justifica aumentos
adicionais na taxa básica, mas que o banco está próximo do fim de seu atual
ciclo de aperto da política monetária.
Com
isso, o Ibovespa caiu 0,61%, a 117.219 pontos, enquanto o dólar encerrou o dia
com desvalorização de 0,43%, cotado a R$ 4,861.
O IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta terça que o
IPCA teve queda de 0,08% em junho, sendo a primeira vez que o índice oficial de
inflação ficou negativo em nove meses.
Com isso, a alta acumulada pelo IPCA em
12 meses desacelerou para 3,16% até junho, o menor nível desde setembro de 2020
(3,14%).
FOLHA DE SÃO PAULO