Mais de um quarto dos brasileiros planeja se mudar
de casa neste ano.
Dos 43% de
brasileiros que já tomaram a decisão de comprar uma residência, 45% querem
mudar de casa neste ano
Dados da pesquisa Datafolha sobre o mercado imobiliário mostram que 28% dos
brasileiros pretendem se mudar de casa neste ano.
São 19% os que querem se
mudar dentro da mesma cidade, 4% os que planejam mudar de cidade dentro do
mesmo estado, outros 4% os que esperam se mudar de estado e 1% dos brasileiros
almejam trocar de país.
A intenção de mudança neste ano é maior
entre os mais novos.
Enquanto 82% dos brasileiros com mais de 60 anos não
pretendem deixar a residência em que moram, na fatia dos de 16 a 34 anos são
cerca de dois terços os que vão ficar onde estão, quanto um terço deles têm planos
de se mudar em 2024.
Os brasileiros de maior renda são os mais que mais
pensam em trocar de casa em 2024: 42% dos que ganham mais de cinco salários
mínimos por mês (R$ 7.590) disseram ter esse plano, enquanto 27% dos que ganham
até dois salários mínimos (R$ 3.036) esperam se mudar neste ano.
Quase um terço (30%) da classe A/B disse que espera
trocar de casa neste ano, porcentagem semelhante à da classe C (29%), enquanto
na classe D/E um quarto (25%) pretende se mudar até dezembro.
Estão muito mais propensos a se mudar neste ano os
brasileiros que ainda não são donos de sua residência: 45% deles tem planos de
trocar de casa, contra 19% dos que já possuem uma casa.
Considerando os brasileiros que já tomaram a
decisão de adquirir um imóvel residencial —43% dos entrevistados—, 45% deles
pretendem se mudar de casa neste ano, ou seja, comprar um imóvel diferente
daqueles em que estão no momento. Almejam ficar na mesma cidade 31% desses
brasileiros potenciais compradores.
O desejo dos brasileiros de comprar um imóvel
reforça dados do setor, que apontam um mercado aquecido e que teve no ano
passado o segundo maior volume de financiamentos desde 2020,
chegando a R$ 312,4 bilhões de crédito liberado em financiamentos, segundo a
Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança).
Ao todo, foram financiados 568,2 mil imóveis com
recursos da poupança, alta de 13,8% em relação a 2023. Pesaram neste avanço do
setor a baixa nos juros ao longo do ano e o mercado de trabalho aquecido.
FOLHA DE SÃO PAULO