O Itaú Unibanco deu início, em 2018 ao uso de uma
aplicação blockchain voltada para o controle de margens. A iniciativa –
denominada Blockchain Collateral – tem por objetivo proporcionar mais
agilidade, transparência e rastreabilidade no processo de chamada de margem
(solicitação e aporte de garantias de derivativos de balcão).
Nas chamadas de margem, os bancos negociam receber
garantias, mitigando riscos de crédito para proteção contra variações
desfavoráveis do mercado. O valor a ser aportado é recalculado e confirmado
pelas partes periodicamente. O Blockchain Collateral busca estabelecer um
protocolo que trará ganhos de eficiência aos participantes e transparência no
processo de auditoria.
“Estamos certos de que esta inovação trará ganhos
reais de eficiência para o setor como um todo. Estamos ansiosos para expandir
os benefícios que a tecnologia blockchain oferece, este é um início promissor”,
afirma Cristiano Cagne, diretor de Operações do Itaú Unibanco, em comunicado.
A solução desenvolvida permite que os participantes
da rede façam chamadas de margem entre si de forma padronizada, segura e
descentralizada, utilizando a plataforma Corda do consórcio internacional R3. O
Itaú Unibanco é membro do R3, que, desde abril de 2016, reúne instituições
financeiras do mundo todo para o estudo de aplicabilidade da tecnologia
blockchain. O desenvolvimento dessa solução foi feito pelo banco e sua coligada
Itaú BBA International, tendo sido convidados para participar do projeto no
mercado brasileiro os parceiros com os quais o Itaú Unibanco possui contrato de
chamada de margem. A tecnologia Corda utilizada nesse projeto proporciona a
criação de uma rede permissionada em que o compartilhamento de informações é
seletivo e o sigilo bancário é preservado.