Empresas que possuem
benefícios como renda vitalícia ou seguro de invalidez e morte precisam
reconhecê-los nos seus balanços como compromissos futuros.
A regulamentação do Seguro
de Longevidade, anunciada pela Susep no dia 3 de maio, criou uma esperança no
mercado de que em breve os fundos de pensão possam ter ao seu dispor um seguro
acessível para terceirizar os riscos de sobrevivência dos assistidos à
expectativa de vida média e de desvio das hipóteses biométricas.
Esse produto era muito
aguardado. Ele já vinha sendo desenvolvido pelas seguradoras com apoio das
consultorias e corretoras de seguros, mas sem uma definição clara de regras
pelo órgão regulador, o custo ainda era muito alto. Com a publicação da Susep,
a expectativa é que o produto se torne viável financeiramente.
A demanda existe. Empresas
que possuam em seus pacotes de benefícios itens de risco como renda vitalícia
ou seguro de invalidez e morte precisam reconhecê-los nos seus balanços como
compromissos futuros. Uma forma de liberar esses passivos é terceirizando integralmente
os riscos com a contratação de seguros.
Os números do setor
impressionam. As entidades fechadas de previdência complementar possuem R$ 790
bilhões de patrimônio. O valor representa 12% do Produto Interno Bruto (PIB).
Ao todo, são 920 planos.
Como a resolução da Susep
trata de diferentes formas de remuneração para as seguradoras, ainda não é
possível mensurar o volume de prêmios desse mercado potencial e nem mesmo fazer
estimativas. Em algumas modalidades previstas, os pagamentos são diluídos durante
todos os anos de contribuição do beneficiário. Em outras, serão realizados
pagamentos únicos, com valores muito mais elevados.
A maioria dos fundos de
pensão prevê a expectativa de vida média de 83 anos para homens e 85 anos para
mulheres. Mas a expectativa de vida real depende muito do grupo avaliado - é
preciso avaliar a população de empresa para empresa e de plano para plano.
Em média, podemos dizer que não há, hoje, uma lacuna muito grande entre
a expectativa de vida e a sobrevivência. Mas, independentemente disso, o
formato das pirâmides etárias deve se transformar no Brasil, com tendência de
envelhecimento e aumento da longevidade da população. Então, além de uma
preocupação das empresas com seus passivos, essa é uma questão importante para
o cenário futuro da demografia nacional.
Portal Nacional de Seguros