PREVIDÊNCIA


Volta do empréstimo consignado para quem recebe BPC.

A retomada está prevista para agosto, mas ainda falta regulamentação do INSS e atualização da Dataprev.

INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) irá liberar novamente o empréstimo consignado para quem recebe o BPC/Loas (Benefício de Prestação Continuada), renda assistencial paga a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda.

Os beneficiários poderão comprometer até 35% do benefício. O BPC é pago no valor do salário mínimo (R$ 1.320, em 2023) e, com a margem de 35%, isso representa até R$ 462 mensais.

O valor da margem para empréstimos foi reduzido para ser diferente do limite adotado para outros benefícios do INSS, como aposentadoria, de até 45%.

Previdência Social prevê que o serviço de crédito esteja disponível no final de agosto, mas informa que ainda é necessário concluir regulamentação interna e fazer ajustes no sistema.

O órgão não informou se haverá taxa máxima de juros permitida, como ocorre com os consignados de aposentados e se já há definição dos índices.

Segundo a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), a concessão do crédito consignado a outros benefícios do INSS é benéfica, pois possibilita a contratação de operações com juros menores, em caso de necessidade, e a disposição de quem necessite de recursos financeiros de forma rápida e mais barata.

Em nota, a federação disse que tanto os bancos associados quanto o INSS estão aptos a possibilitar a contratação de operações de empréstimo ou de cartão consignado para os beneficiários e aposentados do INSS.

O novo percentual de desconto do crédito consignado será de 35% do valor do BPC/Loas, em que 30% são destinados a operações de empréstimos com desconto em folha de pagamento e 5% para custear despesas com cartão de crédito consignável.

O BPC/Loas é um benefício assistencial mensal no valor de um salário mínimo para idosos acima de 65 anos e pessoas com deficiência cuja renda familiar por pessoa seja de até R$ 330 e esteja cadastrada no CadÚnico (Cadastro Único), com os dados de todos os membros da família.

Hoje, mais de 5 milhões de pessoas são contempladas com o benefício e, em maio deste ano, 529.695 pessoas estavam na fila do INSS aguardando uma resposta para o pedido da renda assistencial.



FOLHA DE SÃO PAULO
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