FEBRABAN


Febraban abandona discrição em reação a investidas de Guedes e cenário econômico deteriorado.

Entidade que representa os maiores bancos do país vira foco de embates e cria atrito com BB e Caixa.

Febraban (Federação Brasileira de Bancos) deixou de lado seu estilo discreto e passou a entrar em embates com o governo de Jair Bolsonaro e, em particular, a gestão do ministro Paulo Guedes na economia.

A instituição, que sempre atuou nos bastidores em defesa dos interesses dos maiores bancos do país, evitando exposição pública, rachou depois de uma tentativa de elaborar um manifesto pela “harmonização entre poderes” que, em uma das versões, continha críticas diretas à condução da economia.

A tensão entre o setor e Guedes foi agravada pela deterioração do cenário econômico ao longo deste ano.

No mais novo episódio, a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil ameaçaram deixar de fazer parte da Febraban por discordarem de um manifesto em defesa da democracia endossado pela instituição.

O texto foi votado remotamente pelas instituições e, votos vencidos, Caixa e BB pediram então ao presidente da Febraban que a carta tivesse a assinatura de cada banco, e não da Febraban.

Diante do racha, a Febraban passou a trabalhar em uma outra versão do manifesto que foi coordenado pelo presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf.

O documento, que ainda está sendo discutido, tem como tema central um pedido de harmonia entre os Poderes.



FOLHA DE SÃO PAULO
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