INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL


O uso da Inteligência Artificial generativa em tarefas administrativas tem levado a uma economia de cerca de 10 horas de trabalho por mês, de acordo com a ferramenta “Viva Engage”, da Microsoft, voltada para a medição da produtividade proporcionada por assistentes virtuais.

Para cada US$ 1 investido, o retorno é de US$ 3,5, segundo estudo global do IDC, com 2,1 mil empresas.

Cerca de 60% das empresas que integram o ranking Fortune 500 já se utilizam do Copilot da Microsoft.

Mas, pela ótica dos recursos humanos disponíveis e as políticas adotadas pelas empresas em relação a eles, não parece fácil entender como as organizações pretendem explorar as oportunidades que a IA oferece.

Salários menores, menos vagas disponíveis e cenário pior para novatos. 

Essa é a realidade que desenvolvedores e programadores têm enfrentado no mercado de tecnologia do Brasil. 

Há quatro anos, em meio ao impulso digital causado pela pandemia de covid-19, esse cenário parecia impossível. 

Mas não é o que acontece hoje, após as milhares de demissões em massa que tomaram o setor nos últimos anos.

A correção começou em 2022. Esse foi o ano em que se deu início à alta dos juros globais e em que as companhias de tecnologia começaram a notar menor demanda por seus serviços digitais, altamente utilizados durante a pandemia de covid-19. 

O cenário desafiador forçou essas empresas a buscar maior eficiência na operação, bem como reduzir custos, realizando demissões e enxugando áreas que não eram tão lucrativas. 

Consequentemente, equipes ficaram menores, e a demanda por novos profissionais diminuiu.

Desenvolvedores e programadores notaram essas mudanças. 

Acostumados com a tradicional fartura de salários altos e benefícios corporativos, de repente se tornou comum ver esses profissionais anunciando demissões e buscando emprego nas redes sociais. 

E, segundo eles mesmos, a bonança de antes não existe mais. A torneira secou.

Profissionais seniores ou até plenos estão mais requisitados do que antes, conclui o estudo da Fox Human. 

Com orçamentos menores, as empresas optam por contratar menos, mas com mais racionalidade – o que significa atrair pessoas com mais experiência que possam lidar com problemas maiores e possam ter melhores habilidades socioemocionais melhor desenvolvidas. 

Esses, diz a consultoria, continuam em alta demanda pelo mercado de trabalho.

Do ponto de vista dos estrategista e dos RHs das organizações o enfoque, claro, não está apenas no profissional de tecnologia mas também de forma mais ampla naqueles que vão usar a IA generativa nos escritórios e precisam ser urgentemente treinados. 

Para Adriano Mussa, reitor e diretor acadêmico e de inteligência artificial da escola de negócios Saint Paul,  uma das principais habilidades que colaboradores e empresas precisam desenvolver é a capacidade de criar “prompts”, ou seja, saber dar os comandos para que a tecnologia responda. 

“Engenharia de prompt não é uma profissão, é uma competência. E algumas das competências necessárias para fazer um prompt são linguagem avançada e sólida, repertório e lógica”, notou.



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