Reforma da Previdência é urgente, mas...


Sem a reforma da Previdência, diz a revista VEJA, vai ser difícil evitar o debate quanto ao respeito à “regra de ouro” (pela qual o governo não pode se endividar para pagar despesas correntes) a partir de 2019, uma vez que os gastos previdenciários crescem de forma implacável.

 

Por outro lado o governo, dizia na última sexta-feira (12) o Ministro da Fazenda, Enrique Meirelles, vai usar o rebaixamento da nota de rating do País pela agência S&P como argumento em favor da urgência da aprovação da reforma da Previdência. Só que  a diretora da S&P,  Lisa Schineller, não acredita que Temer terá força suficiente para ser bem sucedida em 2018. Aliás o próprio Presidente da Câmara,  Rodrigo Maia (DEM-RJ) mostra-se cético em relação aos resultados de uma eventual votação em fevereiro próximo.

 

Mas o número de servidores federais civis que pediram aposentadoria entre janeiro e novembro de 2017 aumentou 46,7% na comparação com igual período do ano anterior, tendo chegado a 21,3 mil funcionários, muitos dos quais agiram assim por medo às possíveis novas regras que virão.

 

Segundo o Secretário de Previdência Social,  Marcelo Caetano, em seu formato atual o projeto de reforma praticamente não atingiria a parcela mais pobre da população. Ele calcula que apenas 9,5% dos trabalhadores teriam uma perda de renda superior a 1% com seus benefícios previdenciários. E no mesmo jornal, mas em outra página, a diretora da S&P,  Lisa Schineller, aparece mais uma vez para afirmar que nem mesmo a aprovação da reforma no mês que vem mudaria muita coisa imediatamente no caso brasileiro. Mas a instabilidade política pode piorar o quadro, acrescentou Lisa. 



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