Governo vê alta acima de 8% na conta de luz
residencial em 2021 e pressão para 2022.
Ministério de Minas
e Energia citou crise hídrica e aumento dos custos de produção como causas para
alta nas tarifas.
As medidas adotadas
pelo governo para lidar com a crise hídrica permitirão que
os reajustes na conta de luz sejam reduzidos para
pouco mais de 8% em média em 2021 para clientes residenciais, e poderiam
superar 20% sem as ações das autoridades, afirmou em nota o Ministério de Minas
e Energia.
Uma série de
medidas, disse o ministério, resultarão "em alívio" de R$ 18,83
bilhões no valor total que seria acrescido nas contas de luz em 2021.
Desse modo, o
reajuste projetado em 2021 é "compatível" com a média mensal do
índice inflacionário IPCA e "significativamente" abaixo do IGP-M
médio, de 29,04%, afirmou o ministério.
Ao comentar as perspectivas de reajustes nas contas de luz em
2022, o ministério citou entre as principais causas de "pressão" nas
tarifas de 2022 o agravamento do cenário hidrológico
adverso e o aumento dos custos
para geração de energia, além de previsões de que o IGP-M se mantenha em patamares elevados no primeiro semestre de 2022, pressionando os
reajustes de contratos antigos do serviço de distribuição.
Entre as medidas em elaboração, o ministério apontou a
devolução aos consumidores de créditos tributários gerados por decisões
judiciais que excluem o ICMS da base de cálculo do PIS/Cofins na conta de luz;
a redução do serviço da dívida de Itaipu, prevista para se iniciar em 2022; e a
antecipação de um valor expressivo dos recursos da desestatização da Eletrobras na forma de um aporte no orçamento da Conta de
Desenvolvimento Energético (CDE), com consequente abatimento nas tarifas.
REUTERS