A cocaína é uma das drogas mais perigosas conhecidas pelo
homem. Uma vez que uma pessoa comece a consumir a droga, é quase impossível
física e mentalmente livrar–se das suas garras. Fisicamente ela estimula os
receptores chave do cérebro (terminações nervosas que alteram os sentidos no
corpo) que, por sua vez, cria uma euforia à qual os consumidores desenvolvem
uma tolerância rapidamente. Apenas o uso de doses mais elevadas e mais
frequentes pode causar um efeito semelhante.
O pó de cocaína pode ser inalado pelo nariz (aspirado)
ou dissolvido em água e em seguida injetado diretamente na veia.
Alguns usuários a injeta na pele causando erupções, podendo
ocasionar uma infecção ou até mesmo a outras complicações médicas. O
produto químico puro (Hidrocloreto de cocaína) tem sido uma substância usada
por mais de 100 anos, e a folha da coca, que é a fonte da cocaína, tem sido
ingerido há milhares de anos.
Efeitos em curto e longo prazo
Os efeitos da cocaína aparecem quase imediatamente
após uma única dose e desaparecem em poucos minutos ou em uma hora. Usada em
pequenas quantidades, a cocaína geralmente faz com que o usuário sinta-se
eufórico, energético, falador, e mentalmente alerta, especialmente para as sensações
de visão, audição e tato. Também podem diminuir temporariamente a necessidade
de comer e dormir. Alguns usuários acham que a droga ajuda a realizar tarefas
físicas e intelectuais simples mais rapidamente, embora outros sentem efeito
contrário.
A duração dos efeitos eufóricos da cocaína depende da via de
administração. Quanto mais rápido a droga é absorvida, mais intensa e a elevada
é a reação, mas também resulta na mais curta duração.
Usar cocaína provoca reações diferentes em todos, e a gravidade dos
efeitos depende de vários fatores. A pureza da droga, a frequência de uso e se
a saúde física do usuário contribui para a forma como o seu corpo vai reagir à
cocaína. Embora os efeitos do consumo de cocaína possam variar as
reações típicas ao usar cocaína inclui os seguintes sintomas:
·
Elevação da frequência cardíaca
·
Aumento da temperatura corporal
·
Aumento da pressão arterial
·
Pupilas dilatadas
·
Dor de cabeça
·
Desnutrição
·
Pânico e paranoia grave
·
Problemas psiquiátricos
·
Obstrução dos vasos sanguíneos
·
Inquietação
·
Irritabilidade
·
Ansiedade
·
Tremores
·
Vertigens
·
Espasmo muscular
Sinais e Sintomas
Os usuários
de cocaína geralmente experimentam uma sensação de euforia, imediatamente
após consumir a droga. Este sentimento de felicidade é o que faz com que os
usuários queiram consumi-la outras vezes, o que leva ao abuso e à dependência.
Este comportamento é, em grande parte, o resultado dos efeitos da exposição
prolongada da função cerebral para a droga. O vício é uma doença do cérebro que
afeta vários circuitos cerebrais, incluindo aquelas envolvidas na recompensa e
motivação, aprendizado e memória, e controle de inibições sobre o
comportamento.
Os sinais mais óbvios de abuso de cocaína são um forte
desejo ou necessidade irresistível pela droga. Um mecanismo é através de seus
efeitos sobre as estruturas profundas no cérebro.
Outros sintomas de abuso e dependência de
cocaína ocorrem quando a droga começa a ter um impacto negativo na vida do
usuário. Isso pode incluir a interferência no trabalho ou escola e problemas
com relacionamentos. Outros sinais comuns de abuso de cocaína incluem:
·
A necessidade de aumentar a dose para obter o mesmo efeito;
·
Sofrer os sintomas de abstinência leves quando os efeitos
desaparecem;
·
Dificuldade em parar com o uso da droga;
·
Usar a droga mais frequentemente e em maior quantidade;
·
Apresentar sintomas crônicos de privação ou incapacidades
permanentes de parar.
Orientações em três passos
Passo 1 – Na
consulta será definido o diagnóstico e condutas a serem tomadas.
Passo 2 – Em
análise do caso será definido se o tratamento seguirá de modo clínico ou não.
Havendo a necessidade de internação, é importante que a pessoa (juntamente com
sua família) conheça os procedimentos de intervenção que serão tomados,
trazendo dessa maneira a responsabilidade de tomada de decisões em sua vida.
Passo 3 –
Acompanhamento direto da família no desenvolvimento do tratamento.
Ressalto que a dependência química é uma doença crônica,
incurável e fatal. O controle é possível por meio de tratamento que objetiva
reestruturar a vida do dependente.
Leonardo Griffo - psicólogo especialista em psicologia clínica, com atendimentos
especializados de maneira individual, grupo e familiar na área de Dependência
Química desde o ano de 2003, com participações em projetos clínicos, palestras
familiares, orientações clínicas, coordenação e direção. Atualmente desenvolve
trabalho como Psicólogo, Coordenador e Responsável Técnico do CT Novo
Amanhecer, Ibiúna.