Controle sobre essa classe de
medicamentos é primordial para a saúde
No
dia 26 de outubro de 2010, há nove anos, a Anvisa (Agência Nacional de
Vigilância Sanitária) determinou controle especial para comercialização de
antibióticos nas farmácias.
A
medida resultou na diminuição da resistência de microrganismos a tratamentos no
ambiente comunitário e na redução das infecções hospitalares por bactérias
resistentes, informa estudo da Revista de Saúde Pública, da Faculdade de Saúde
Pública da USP.
A
resistência bacteriana aos antibióticos, explicam Josiane Moreira da Costa e
colaboradores da UFMG, é uma grave ameaça à saúde pública.
Cliente apresenta receita medica em farmácia em 2010,
quando passou a vigorar exigência do documento para comprar antibióticos
Com
relativa frequência, a resistência das bactérias aos antibióticos é
desencadeada pelo seu uso abusivo e muitas vezes desnecessário, explicam. Por
esta razão foi implantada a exigência de receita médica: para ser prescrita
apenas quando essa medicação é realmente necessária.
A
determinação da Anvisa relacionada à comercialização do medicamento é parte da
ação global proposta pela OMS (Organização Mundial da Saúde) para o controle da
resistência microbiana.
Essa ação visa diminuir a oferta e excesso de prescrição de antibióticos para
uso humano e veterinário, regulando seu emprego em todos os países.
Com
a restrição da comercialização, foi observada importante queda na sua venda,
relatava em 2015, na revista Medicine, a infectologista Maria Moura. E o
impacto mais significativo foi observado em áreas urbanas de regiões
desenvolvidas.
Julio Abramczyk - médico, vencedor dos prêmios Esso (Informação
Científica) e J. Reis de Divulgação Científica (CNPq).
Fonte: coluna jornal FSP