Sempre que possível gosto de
divulgar neste espaço start-ups lançadas recentemente que me parecem grandes
ideias.
Há algumas semanas recebi um
email de uma estudante francesa que estava visitando o Brasil e que trabalhava
na WorldCraze, um plataforma colaborativa que pode quebrar o galho de muita
gente.
Quem não tem um amigo ou
parente que toda vez que você viaja não faz uma encomenda-mico? Perfume,
carrinho de bebê, creme para evitar rugas que você não encontra em lugar algum.
Isso sem falar nos eletrônicos cujo modelo encomendado nunca está disponível
nas lojas.
Pois bem, a WorldCraze conecta
viajantes que trazem pequenas encomendas do exterior com pessoas que precisam
de determinados produtos.
Neste negócio, fica bastante
evidenciada a relação ganha-ganha, onde todos os envolvidos têm alguma
vantagem: o viajante que traz o produto ganha uma pequena comissão, a
plataforma cobra uma taxa e o comprador consegue um produto que muitas vezes
não existe no seu país de origem.
O site já existe na França e em
outros países da Europa e agora está chegando ao Brasil.
Nele, os viajantes informam
suas próximas viagens e os compradores informam os produtos desejados. O site
faz o match entre os dois públicos, que combinam por e-mail a comissão, o
produto a ser comprado e o local de entrega do produto.
O comprador paga adiantado para
o site, que repassa o valor apenas depois que o viajante traz a mercadoria
encomendada.
Como medida preventiva, a
plataforma checa os perfis dos compradores e viajantes, bem como a legislação
de cada país envolvido na transação, a fim de não incentivar o comércio de
produtos legalmente proibidos ou acima dos valores permitidos por lei.
Este é mais um bom exemplo de
negócios da chamada economia colaborativa.
Por falar nisso, a economia
colaborativa está bastante em voga nos últimos tempos.
Carros, alimentos, motos,
computadores, bicicletas e até moradia podem ser compartilhados reduzindo
desperdícios e aumentando a satisfação de todos os envolvidos.
Tales Andreassi - professor e vice-diretor da
Escola de Administração de Empresas da FGV-SP.
Fonte: jornal FSP