Atenção
para o controle financeiro em casa e cuidado com as prioridades e objetivos.
Sabemos que é da natureza
humana evitar a dor e buscar o prazer. Quando falamos em finanças pessoais,
essa afirmação fica bem evidente. Quem de nós nunca deixou para depois uma
conversa sobre dinheiro em casa, adiou a decisão de cortar alguns supérfluos ou
fugiu da planilha pessoal por meses?
Normal? Comum? Bom, é verdade
que alguns passos importantes rumo à organização das finanças são incômodos – e
ao menor sinal de dificuldade lá estamos nós buscando o caminho do prazer e das
ilusões transitórias por mais uma vez. Clique aqui e veja como a socialização pelo consumo e a ilusão são um perigo.
Mas, convenhamos, o básico da
organização financeira pessoal é fácil, não é? O que dificulta essa organização
é nossa própria complexidade como seres humanos, já que colocar em prática o
que se aprende exige se deparar com emoções, crenças, auto sabotagem, hábitos e
limitações.
Chega de cuidar da vida financeira dos
outros. Como vai você?
O que fazer para deixar de
adiar decisões importantes e que influenciam nosso futuro financeiro? Coragem,
disciplina e partir para ação! Como a discussão aqui é a nossa tendência de
evitar a dor, vou falar um pouco mais sobre autoconhecimento financeiro.
O fundamental é um olhar
inteligente para você e seus motivos e objetivos (que definirão suas prioridades).
Como de costume, a receita básica para se compreender, deixo algumas perguntas:
·
Você conhece os padrões sob os quais você cuida do seu dinheiro?
Onde os aprendeu?
·
Você é do tipo gastador, poupador, sonhador ou preocupado?
·
Quais são seus pontos fracos na delicada relação com as
finanças?
·
Qual sua maior preocupação agora em relação ao dinheiro e quais
as saídas possíveis para solucioná-las?
·
Sente-se vítima das situações?
·
Você é capaz de listar as vantagens em adiar as conversas
importantes sobre dinheiro?
·
Você se acha um merecedor de uma vida próspera e rica?
·
O que impede você de conquistar sua liberdade financeira?
Um ponto interessante é que nós
somos competentes juízes dos outros, afinal não temos muita emoção envolvida e
vemos com mais clareza a situação dos “estranhos” – você já reparou como é mais
simples analisar os problemas dos outros de uma forma racional?
É importante trazermos esses
julgamentos para a nossa vida. Seria interessante nos reconhecermos nessas
críticas e, assim, aplicarmos em nós mesmos as soluções dadas à vida financeira
do outro. Se quer algumas sugestões de leitura sobre dinheiro e planejamento
financeira, clique aqui e conheça 5 livros que você deve ler.
O fato é que o conhecimento de
como a economia funciona e de ferramentas financeiras é insuficiente para o
equilíbrio das contas. Precisamos desenvolver um olhar mais atento para nós
mesmos e entender como funcionamos (emoções, medos, relação familiar etc.). E sem essa de que é difícil (clique e veja que não é bem assim).
Sugiro buscar também perceber
como as pessoas que convivem conosco compreendem as questões ligadas ao
dinheiro e com isso imprimir um caráter mais maduro dentro das relações humanas
e eleger modelos mais interessantes para decisões econômicas (ah, isso faz uma
diferença!).
Por fim, reitero que cuidar das
finanças pessoais passa por equilibrar a balança da dor e da satisfação,
sabendo que os desafios são ponte para crescimento e aprendizado. Além disso, é
bom parar de vigiar demais a vida financeira dos outros e lembrar-se de que
você tem seus próprios problemas para resolver. Faça a lição de casa.
Conte-nos suas experiências com
o dinheiro, família e as observações dos outros. Use o espaço de comentários
abaixo e vamos alimentar o debate juntos. Obrigada e até a próxima.
Bernadette Vilhena - pedagoga
empresarial, consultora em diversas instâncias da prática educativa nas
empresas e autora do livro "Dinheirama" (Blogbooks). Especialista em
Gestão de Pessoas e estudos nas áreas de Ergologia, Gestão do Conhecimento e Educação no trabalho.
Fonte: site dinheirama.com