2022 | Nova oportunidade para sabermos o que não sabemos, inclusive
sobre o futuro dos Fundos de Pensão
A maldição do conhecimento é que ele fecha sua mente para aquilo que
você não sabe. Boas avaliações dependem da capacidade – e da vontade – de abrir
a mente.
O sinal da sabedoria é saber a hora de abandonar algumas das partes
que você mais estima da sua identidade”
Sim, aprender requer foco, mas desaprender e reaprender requer muito
mais – requer que se escolha entre coragem e conforto.
Requer exercitar não
apenas músculos intelectuais, mas também emocionais.
Requer altas doses de
curiosidade sobre o mundo, se você quiser realmente mudá-lo. Requer crença
sobre as coisas que você ainda não sabe.
Nunca foi tão crítico como hoje a arte de repensar, de aprender a
questionar nossas opiniões e de abrir nossa mente e as das outras pessoas, de
nos reposicionarmos em relação a vida e ao trabalho.
Inteligência é geralmente vista como a capacidade de pensar e aprender,
mas num mundo em rápida transformação, há um outro conjunto de capacidades
cognitivas que pode ser ainda mais importante: a capacidade de re-pensar e
re-aprender.
Em nossas vidas cotidianas, a maioria de nós prefere o conforto da
convicção ao desconforto da dúvida.
Ouvimos as opiniões que nos fazem sentir
bem, ao invés das ideias que nos forçam a pensar arduamente.
Geralmente enxergamos a discordância como uma ameaça aos nossos egos, ao
invés de enxergá-la como uma oportunidade para aprendermos.
Nos cercamos de
pessoas que concordam conosco, que compartilham nossas opiniões, quando
deveríamos gravitar em torno daqueles que desafiam nosso modo de pensar, nossos
processos mentais, nossa visão de mundo.
Como resultado, nossas crenças vão se enfraquecendo num ritmo mais
rápido do que nossa força física e passamos a agir mais como pregadores que
defendem uma fé religiosa, como promotores querendo provar que o outro lado
está errado e como políticos em campanha eleitoral e menos como cientistas em
busca da verdade.
Inteligência não é a cura e pode até ser a doença: ser bom em pensar
pode nos fazer ruim em repensar.
Quanto mais brilhantes formos, mais cegos às
nossas limitações poderemos nos tornar.
Precisamos argumentar como se estivéssemos certos, mas ouvir os outros
como se estivéssemos errados.
Precisamos ter ideias ousadas e evidencias
rigorosas ao imaginarmos o futuro, mas reconhecer com alegria quando estivermos
errados no presente.
O ano que está por se iniciar é uma oportunidade para nos livrarmos das
visões que não estão mais nos servindo bem e valorizarmos mais a flexibilidade
mental e menos a consistência tola.
Não precisamos acreditar em tudo que
pensamos, nem internalizar tudo que sentimos
Se conhecimento é poder, saber aquilo que não sabemos é sabedoria. Ter
esperança nas coisas que não sabemos, nunca foi tão bom.
EDER
COSTA E SILVA – atuário, mestre em administração, desenvolve Pesquisas, Projetos e Palestras sobre Previdência,
Seguros (RE)