Americanos discutem proibição de
celular em sala de aula
A resistência vem tanto de
estudantes quanto de pais temerosos de não conseguirem contatar seus filhos em
caso de emergência
Professores americanos lidam
diariamente com alunos cada vez mais distraídos. Eles estão
assistindo Netflix, apostando em jogos online e navegando em redes sociais
durante a aula. Muitos defendem a proibição total do uso de celulares durante
as aulas.
Governos estaduais iniciaram campanhas para a retirada de
celulares das salas de aula, apoiando-se em estudos que demonstram melhorias no
aprendizado e na interação social quando os dispositivos são removidos.
Outros
estados, incluindo a Flórida, adotaram legislações específicas para proibir o
uso de celulares durante o horário escolar.
Movimentos como o Phone-Free
Schools (“Escolas Livres de Telefones”, em inglês), argumentam que
políticas que permitem aos alunos manter os telefones em mochilas são
ineficazes devido às constantes distrações e tentações.
No Brasil, o problema também é grave.
Dados
de pesquisas recentes conduzidas por universidades como UFRJ e pelo INEP,
ligado ao ministério da educação, indicam que:
- 77% dos professores
brasileiros relataram que seus alunos usam o celular para fins não
relacionados à aula durante o horário escolar
- 45% dos alunos admitiram
que o celular distrai durante as aulas
- 30% dos alunos afirmaram
que o uso do celular em sala de aula prejudica seu desempenho acadêmico
Cyberbullying e mensagens
inapropriadas:
- 25% dos adolescentes
brasileiros já sofreram algum tipo de cyberbullying
- 15% dos alunos admitiram
ter usado o celular para enviar mensagens inapropriadas para colegas
- 10% dos alunos afirmaram
ter presenciado cyberbullying em sala de aula
Problemas de Saúde Mental:
- 30% dos adolescentes
brasileiros que usam o celular por mais de 4 horas por dia apresentam
sintomas de ansiedade
- 20% dos adolescentes
brasileiros que usam o celular por mais de 4 horas por dia apresentam
sintomas de depressão
- 5% dos adolescentes
brasileiros que usam o celular por mais de 4 horas por dia apresentam
risco de dependência do celular
A resistência a essas políticas
vem tanto de estudantes, preocupados com a perda de autonomia e comunicação com
o exterior, quanto de pais temerosos de não conseguirem contactar seus filhos
em caso de emergência.
A experiência de escolas que implementaram a proibição mostra
benefícios importantes, incluindo melhorias no desempenho acadêmico e na
interação social entre os alunos.
Fonte: site O ANTAGONISTA