Não
adianta demitir um funcionário por mau atendimento: você precisa treinar sua
equipe e ficar sempre atento.
Você
já percebeu como somos mal atendidos no dia a dia? Funcionário que finge não o
ver, pedidos que não chegam, filas imensas... E essa situação está ficando cada
vez pior, já que há uma crise generalizada de falta de pessoal qualificado em
nosso país, com impacto direto na qualidade dos serviços oferecidos.
O
empreendedor precisa ficar atento ao atendimento prestado por seus
funcionários. Quando alguém é mal atendido, não consegue separar a figura do
empreendedor da do empregado que o atendeu. O cliente simplesmente desaparece e
ainda conta a meio mundo a experiência negativa. Isso quando não resolve postar
no Facebook, fazendo com que o problema ganhe proporções enormes.
E
não adianta demitir. A rotatividade vai trazer mais problemas ainda, já que
você vai precisar preparar uma outra pessoa. Não dá para fugir do treinamento.
Muitas vezes o profissional atende mal sem querer, pois não recebeu a
preparação adequada ou não tem o discernimento para saber como deveria se
portar.
Portanto,
é muito importante investir no seu funcionário. Oriente, monitore, corrija e
contrate clientes ocultos (pessoas que se disfarçam de clientes para testar a
recepção do funcionário) para ter certeza de que sua companhia está cuidando do
cliente da melhor forma possível.
Se
seu empregado age de forma correta, é importante reconhecê-lo e se possível
recompensá-lo. Um dia de folga, um presente, um muito obrigado: todos nós
gostamos disso! Você, empreendedor, também não fica feliz quando recebe um
elogio de um cliente?
Um
consumidor fidelizado é para a vida toda. Ele não se importa em pagar mais caro
se souber que é valorizado. Por isso, não economize nos mimos: mandar uma
mensagem no dia do aniversário, entregar o produto em casa, atender fora de
horário, tudo vale na hora de agradar um consumidor. Conheci um empreendedor
que fazia uma ficha para cada cliente, na qual anotava informações que o
auxiliavam a dar um atendimento todo especial. Na lista estavam os últimos
produtos comprados, data de nascimento, nome dos filhos, gostos pessoais etc.
Tales Andreassi - professor e coordenador do
Centro de Empreendedorismo da FGV de São Paulo, colunista do jornal FSP.
Fonte:
jornal Folha de São Paulo