Como saber se assinatura de carro vale a pena


Fique atento às matérias jornalísticas que tratem deste tema.

 

Carro por assinatura vale a pena? Depende de como você encare a posse de um veículo. A assinatura pode ser um bom negócio para quem priorize o carro zero, devido a avanços tecnológicos, segurança e design. Em termos de custo, pode ser comparada à diferença entre alugar e comprar um imóvel.

A assinatura, assim como a compra, implica uso mais intenso do veículo. Para quem saia de carro ocasionalmente, em situações como ida ao supermercado ou um simples passeio, a locação talvez fique mais em conta.

Outra opção, o leasing ou arrendamento mercantil é uma espécie de locação por tempo determinado. Ao final do contrato, há a possibilidade de adquirir o veículo pelo valor residual.

Já o consórcio funciona como um financiamento coletivo para comprar um automóvel. Mensalmente, há sorteios e o contemplado recebe uma carta de crédito. Também é possível dar lances, como em um leilão, ou esperar o final do consórcio para receber a carta de crédito, que não é vinculada a uma determinada marca nem modelo de carro.

É possível que, futuramente, a assinatura supere a aquisição do veículo? É difícil prever, mas há pacotes de assinatura que incluem documentação (Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores –IPVA, licenciamento e emplacamento), seguro, manutenção preventiva e franquia de quilometragem.

Montadoras, locadoras e seguradoras oferecem este serviço. Da mesma forma que todos os negócios relativos a um carro, exige precauções do consumidor: avaliar bem o fornecedor, entender as cláusulas contratuais, o que está ou não incluído no pacote, e o custo mensal em comparação, por exemplo, à aquisição de um bom veículo usado.

É recomendável verificar se esta modalidade tem motivado reclamações aos órgãos de defesa do consumidor. E, como em outros compromissos financeiros, fazer as contas minuciosamente para saber se a despesa cabe no orçamento.

Neste período de pandemia, em que muitas pessoas ficam mais em casa, em função do distanciamento social com trabalho remoto, talvez a assinatura de veículo seja prematura.

Fique atento (a) às matérias jornalísticas que tratem deste tema. De qualquer forma, é interessante acompanhar as mudanças do mercado. Mais dia menos dia, elas podem se tornar mainstream, ou seja, a corrente dominante, como já ocorreu com a própria compra do automóvel, quando foram lançados modelos que cabiam no bolso da classe média.

Maria Inês Dolci - advogada especialista em direitos do consumidor, foi coordenadora da Proteste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor).

Fonte: coluna jornal FSP

 

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