Empresário Ronie Osmar há
anos faz uma poupança para pagar a faculdade dos filhos gêmeos
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"São valores pequenos, se
considerarmos uma mensalidade. Mas no futuro eles vão ter recursos para pagar a
universidade ou usar o valor para estudar fora do país."
Para fazer o dinheiro crescer, no entanto,
o poupador deve ficar atento a duas variáveis que costumam causar estrago: a
inflação e os custos da aplicação.
15 ANOS
Com uma aplicação equivalente a R$ 683 por
mês na poupança, durante 15 anos, é possível pagar um curso de administração na
FGV em São Paulo, que custa hoje R$ 3.350 mensais.
O cálculo considera que as mensalidades (e
possíveis injeções extras de recursos) sejam reajustadas apenas pela inflação
esperada de 4,5% (meta que o BC prevê para o país a partir de 2016) e que a
poupança tenha um rendimento não muito diferente do atual (veja simulações
abaixo).
No caso de mudanças ao longo do caminho,
como juros baixos e inflação maior, os depósitos extras deverão ser adaptados à
realidade.
Com R$ 200 por mês, durante 15 anos, é
possível pagar um curso de R$ 877 mensais, como o de direito na FMU de São
Paulo. Se o filho já tiver hoje oito anos e quiser iniciar esse curso aos 18, o
esforço para os pais será maior. Nesse caso, as contribuições sobem para R$
322.
As aplicações em CDBs e fundos de renda
fixa e de previdência, além do Tesouro Direto, são alternativas. Tudo depende
do tempo disponível para a aplicação.
Para quem não se anima em investir por
prazos longos, o consultor financeiro Erasmo Vieira sempre conta a história de
uma doméstica que conheceu em Belo Horizonte. Apesar de ganhar pouco, ela
comprou terrenos em um bairro mais afastado da capital mineira. "Quando o
filho passou na faculdade, ela vendeu os terrenos e pagou o curso em uma só
vez", diz.
Fonte: jornal Folha de São Paulo