Jorge Simino, da Funcesp: planejando chegar a R$ 350 milhões em
investimentos no exterior até o final do ano.
Observando
o desempenho de suas atuais aplicações no exterior, a Fundação Cesp (Funcesp)
está reforçando a estratégia de investimentos fora do país. No início do ano, a
Funcesp já havia anunciado uma ampliação de 2% para 6% do limite para
aplicações no exterior em sua política de investimentos. Na época, o fundo de
pensão possuía R$ 60 milhões investidos em três fundos de ações no
exterior: BlackRock, Schroders e J.P. Morgan, todos registrados no Brasil com
administração da BB DTVM.
Para o diretor de
investimentos da Funcesp, Jorge Simino, o cenário adverso da bolsa brasileira
fez com que a fundação reduzisse sua exposição local e ampliasse em ações do
exterior. Já em junho, a fundação mantinha R$ 190 milhões aplicado nesses
fundos, planejando investir mais R$ 50 milhões. A meta do fundo de pensão
é chegar a R$ 350 milhões investidos no exterior até o final do ano.
Para isso, a Funcesp
pretende aplicar em novos fundos, aumentando de três para até seis o número de
gestores. A estratégia da fundação é continuar priorizando fundos de ações
globais.
Em 2014, a fundação encerrou o ano com 15,35% de rentabilidade na carteira de
exterior, o melhor desempenho entre todas as carteiras. No período de janeiro a
maio deste ano, os investimentos no exterior da Funcesp também foram destaque
de rentabilidade, com 24,12% de retorno.
Em uma base comparativa
com os outros segmentos no mesmo período, o desempenho da carteira foi muito
bem. A renda fixa teve 6,19% de retorno, enquanto renda variável ficou com
5,09%.
No resultado global, a
fundação obteve 5,96% de rentabilidade, ainda abaixo da meta atuarial para o
período, de 6,08%. Contudo, os investimentos no exterior têm ajudado a
equilibrar o fraco desempenho dos outros segmentos. Em maio, por exemplo, a
carteira de renda variável teve desempenho negativo, ficando em – 3,76%. A
renda fixa rendeu apenas 1,66%, e estruturados e imóveis 0,16% e 0,58%,
respectivamente. Já a carteira de exterior obteve rentabilidade de 6,35%.
As carteiras de renda fixa
da Funcesp utilizam a metodologia da marcação dos ativos a mercado desde 2012.
Até aquele ano, o fundo de pensão utilizava a marcação dos títulos na curva,
mas decidiu mudar o sistema, coincidindo com um período de fechamento dos
juros, o que gerou resultados positivos na época. Por outro lado, nos anos
seguintes, o fundo de pensão começou a registar maior volatilidade na carteira,
devido ao método de marcação a mercado.
Fonte: Investidor Institucional