Empregadores
começam a acordar para a importância da diversidade etária.
A
diversidade etária começa a ganhar espaço nas organizações brasileiras.
No
último mês, foram lançadas várias ações de contratação e capacitação de
profissionais acima de 55 anos.
A Oracle apresentou o programa “Seniores
Digitais” e irá disponibilizar um curso de 500 horas de duração para capacitar
profissionais acima de 50 anos.
“Começamos a perceber nos últimos anos que é a
conjunção das gerações que faz diferença hoje nos negócios. Uma empresa só de
millenials estaria fechada hoje”, diz o CEO Rodrigo Galvão.
A
procura foi tão grande, com mais de 1,8 mil inscrições, que o número de
vagas foi estendido de 50 para 500.
No
dia 18, a Unilever encerrou a primeira fase de seleção de um programa de
estágio exclusivo a profissionais acima de 55 anos.
Foram recebidas mais de 1,5
mil inscrições (aumento de 74% em relação a 2019).
O processo deste ano foi
adaptado para ocorrer 100% on-line e trouxe novidades para oferecer uma
experiência mais personalizada aos candidatos seniores, como a não utilização
do chatbot.
“É um detalhe, mas que faz a diferença para esse perfil de
estagiário se sentir acolhido.
Nós também enviamos orientações para aqueles que
não estejam habituados a reuniões on-line consigam acessar a plataforma”, diz
Areta Barros, head da HUB On Demand, que desenvolve o programa com a Unilever.
Já
o grupo O Boticário lançou uma campanha neste mês para capacitar 200
mulheres 40+ para serem influenciadoras digitais e apoiadas pela empresa.
Consultores
em diversidade etária avaliam que é urgente pensar a inclusão 55+ considerando
um contexto de envelhecimento da população brasileira e com a expectativa de
vida, segundo o IBGE, alcançando 76,3 anos.
A
avaliação é que programas de diversidade etária não podem focar só na
contratação, que muitas vezes gera pouca inclusão em termos quantitativos, mas
na criação de uma cultura amigável e de combate ao etarismo.
“Os programas mais
robustos de longevidade que estudei no exterior focam em redesenhar funções
para esse perfil 55+, olhando para a força de trabalho geral.
Também há um
planejamento estratégico a respeito do que a diversidade, em termos de idade,
gera em ganhos de criatividade, produtividade e competitividade no
mercado", diz Márcia Tavares, pesquisadora da COPPE/UFRJ e fundadora da
WeAge.
Em
um segundo texto, o mesmo jornal chama a atenção para o fato de que
a Inserção de profissionais 55+ esbarra na formatação de cargos desenhados
para jovens e na falta da percepção de que é preciso atingir um consumidor que
também vive mais.
A
pandemia de Covid-19 acelerou a chegada do futuro do mercado de trabalho e
isso, segundo relatório do Fórum Econômico Mundial, deverá resultar na
eliminação de 85 milhões de empregos nos próximos cinco anos devido à
automação. ao mesmo tempo em que 97 milhões de vagas serão criadas.
Esses
novos empregos, segundo o fórum, serão necessários para atender uma
nova divisão de trabalho entre humanos, máquinas e algoritmos.
Em
2025, a participação de trabalhadores e máquinas estará quase igual, sendo
que aos humanos caberá 53% das atividades.
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