1. 1. Para
se reeleger, governo gasta um dinheiro que não tem;
2. 2. A
credibilidade do Brasil vai para as cucuias;
3. 3.
Preocupadas, as pessoas e empresas compram dólares para tentar proteger suas
economias dos problemas no país;
4. 4. Com
a maior procura por dólares, o preço do dólar dobra;
5. 5.
Dólar mais caro eleva preço dos produtos importados, alimentando a inflação,
que atinge o maior nível desde 2002;
6. 6.
Para evitar que o preço dos produtos importados e a inflação subam ainda mais,
o Banco Central intervém na taxa de câmbio, o que aumenta os gastos públicos em
R$ 90 bilhões, minando ainda mais a credibilidade do país;
7. 7. Além
disso, também para combater a inflação, o Banco Central eleva substancialmente
a taxa de juros básica de juros, a Selic, o que também eleva o custo da dívida
pública, desta vez em centenas de bilhões de reais;
8. Os
aumentos de gastos públicos fazem a dívida pública crescer exponencialmente e o
Brasil perder o grau de investimento;
9.
9. A alta de juros encarece o crédito, reduzindo as vendas e
causando a maior queda do PIB em 3 anos dos últimos 115 anos;
1010. A queda
do PIB derruba arrecadação de impostos, piorando ainda mais as contas
públicas, o que mina novamente a credibilidade do país, reiniciando o
círculo vicioso.
#receitaparacriarcírculovirtuoso
1. 1. O
governo corta radicalmente os gastos públicos e o resultado das contas públicas
melhora;
2. 2. A
credibilidade do país volta, o medo de investidores e empresários passa e
é substituído por confiança e vontade de aproveitar as oportunidades criadas
por baixos preços de ativos financeiros no Brasil;
3. 3. Mais
investimentos geram mais empregos, revertendo a alta da taxa de desemprego e
recuperando a confiança dos consumidores;
4. 4. Mais
confiantes, as pessoas compram mais, aumentando as vendas e fazendo o PIB
voltar a crescer;
5. 5. A
alta do PIB aumenta a arrecadação de impostos, melhorando ainda mais o
resultado das contas públicas, o que aumenta ainda mais a credibilidade do
país, os investimentos, a geração de empregos, o consumo e o crescimento;
6. 6. Com
mais credibilidade e atração de investimentos, a procura por dólares cai,
derrubando o preço do dólar e gerando lucros nas operações de intervenção
cambial feitas pelo Banco Central, contribuindo para melhorar os resultados das
contas públicas;
7. 7. A
queda do dólar barateia os produtos importados, o que derruba a inflação;
8. 8. A
queda da inflação cria espaço para o Banco Central reduzir a taxa de juros, o
que reduz o custo da dívida pública e barateia o crédito, aumentando as vendas
e fazendo o PIB crescer ainda mais;
9. 9. Com
maior arrecadação e menor custo de dívida, as contas públicas melhoram ainda
mais, aumentando a confiança no país e os investimentos;
10. 10. Com
mais investimentos, cresce a geração de emprego e o PIB, criando um círculo
virtuoso.
Se você prestou atenção,
percebeu que reverter o círculo vicioso e a crise econômica é moleza. Dando
apenas o primeiro passo - cortando radicalmente os gastos públicos - o governo
criaria todo o círculo virtuoso que faria o Brasil voltar a crescer com vigor.
O único
que ainda não entendeu isso e continua alimentando o círculo vicioso, fazendo
exatamente o contrário, é o próprio governo. Nem bem o novo Ministro da
Fazenda, Nelson Barbosa, assumiu o cargo, o governo reajustou o salário mínimo
acima da inflação e acima do previsto no já desequilibrado Orçamento em
discussão no Congresso, aumentando os gastos do governo federal em mais de R$30
bilhões – sem nem falar do impacto nas contas dos governos estaduais e
municipais.
Se como faz qualquer dona de
casa ou empresário quando quer gastar com alguma coisa nova, o governo tivesse
cortado outro gasto para financiar o aumento do salário mínimo, não haveria
problema nenhum, mas enquanto o governo continuar agindo como se dinheiro
nascesse em árvore, ele apenas reforçará a desconfiança e as crises econômica e
política.
Ficam as perguntas que não
querem calar:
1. 1. Em
algum momento, este governo irá, finalmente, parar de brincar de faz de conta e
fazer o óbvio para o Brasil sair desta crise ou ele vai continuar a cavar o
buraco em que o país se encontra e enterrar suas próprias chances de chegar ao
final do seu mandato?
2. 2. O
que empresários, trabalhadores e estudantes estão esperando para exigir deste e
de qualquer outro governo que permitam que o Brasil volte a crescer,
priorizando e cortando gastos?
3. A
hashtag já está pronta:#cortedegastospúblicosjá.
Ricardo Amorim -
apresentador do ManhattanConnection da Globonews,
presidente da Ricam Consultoria.