EUA: plano de reforma da saúde enfrenta oposição


Os líderes republicanos no Senado divulgaram ontem sua aguardada proposta para revogar e substituir o sistema de saúde conhecido como Obamacare e que deveria contemplar as alas moderada e conservadora do partido. Porém, o texto foi imediatamente rechaçado por quatro senadores republicanos.

O senador republicano Rand Paul (Kentucky) e outros três conservadores do partido ­ Ted Cruz (Texas), Ron Johnson (Wisconsin) e Mike Lee (Utah) ­ expressaram oposição ao texto, elaborado em segredo por semanas pelo líder do partido no Senado, Mitch McConnel. Mas eles declararam a intenção de negociar melhorarias ao projeto. Com uma estreita maioria no Senado, os republicanos não podem perder mais do que dois votos para aprovar o texto.

A proposta atual não revoga o Obamacare”, disse Paul. “Não preenche nossas promessas com o povo americano.” A nova proposta inclui grandes cortes no programa de saúde Madicaid, que atende a população pobre e com deficiência;
reduções mais modestas em outros subsídios do Obamacare e o fim de um imposto cobrado dos mais ricos, que já fora incluída em uma versão aprovada pela Câmara em maio.

Assim como a proposta dos deputados republicanos, a dos senadores também falha em desmantelar o Obamacare, ao manter parte de sua estrutura básica. McConnell tentou aproximar as diferenças entre os senadores republicanos conservadores, que querem limitar o papel do governo na área de saúde, e moderados, que se preocupam com as pessoas que ficarão sem plano de saúde com as mudanças.

A reforma do setor de saúde se tornou um pesadelo para o presidente Donald Trump, que ainda não conseguiu cumprir sua promessa de campanha de “acabar” com o Obamacare. No mês passado, o Escritório de Orçamento do Congresso estimou que a proposta da Câmara deixaria 23 milhões de pessoas sem um plano de saúde. O órgão deverá divulgar uma análise do projeto do Senado na próxima semana.

Fonte: Valor Econômico

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