No final de 2008, Comunicadores do Sistema de Previdência Complementar Fechada se reuniram, em São Paulo, para discutir a Educação Previdenciária no universo dos Fundos de Pensão. O cenário das discussões foi o 16º Encontro Nacional de Comunicação e Fomento, realizado pela ABRAPP e pela Comissão Técnica Nacional de Comunicação e Fomento. Mais de 100 profissionais estiveram, por dois dias, trabalhando a temática e entendendo o que pode ser feito nas entidades para que ela deixe de ser uma discussão e se torne um plano de ação.

Com debatedores de peso, como Caio Túlio Costa, Diretor Presidente do IG; Gil Giardelli, consultor; George Vidor, jornalista e comentarista; Adacir Reis, ex-secretário de Previdência; Carlos de Paula, secretário-adjunto da SPC; o evento trouxe reflexões importantes para o processo de implementação e execução de projetos de Educação Previdenciária. Uma das conclusões que os debates trouxeram gira em torno da Comunicação. É ela a peça-chave para todos os processos que envolvem qualquer atividade ou plano sobre educação previdenciária, uma vez que é uma das maiores responsáveis pelo fomento, pois leva a todos informações e mensagens sobre este e outros temas que envolvem o dia-a-dia e a realidade do sistema.

Adacir Reis, ex-secretário da SPC, reforça a importância da Comunicação para o sistema de Previdência Complementar e para o sucesso de qualquer ação por ele proposto: "é esta área a mais poderosa e capaz de fazer vingar qualquer coisa dentro das entidades e leva-las para o universo externo ao do fundo de pensão. A educação previdenciária será a melhor oportunidade que esta ferramenta terá para provar isso".

Mais uma vez a idéia de que o tema Previdência Complementar é ainda bastante desconhecido entre todos, inclusive os governantes, foi reiterada pelo advogado Adacir Reis: "é muito difícil trabalhar a idéia do que é um fundo de pensão, da importância dele para a vida futura e a diferença entre ele e o sistema oficial de previdência". Nesta linha, fica ainda mais aparente a necessidade de que a Educação Previdenciária e Financeira sejam trabalhadas de forma massiva e urgente.

"Educação Previdenciária é ensinar o indivíduo a aprender a ver antes, a ser previdente, a previsionar o futuro", explica Reis. O objetivo maior das entidades é o bem-estar do participante e a Educação Previdenciária é o mais eficiente para levar isso até ele. "Mas não podemos esquecer que a Educação Previdenciária é um braço da Educação Financeira, que deve ser trabalhada em primeiro nível", conclui o ex-secretário.

O trabalho dos fundos de pensão e da Secretaria de Previdência Complementar tem que englobar várias esferas e "entender que educar é informar qualitativamente não quantitativamente. A educação deve ser dirigida para sindicatos e associações, para dirigentes e profissionais; deve abranger qualificação e certificação; deve atingir os patrocinadores; e deve ser incisiva dentro das entidades atingindo comunicadores e profissionais de todas as áreas que fazem girar o sistema".

A Comunicação, de acordo com Reis, tem papel fundamental nestes processos educacionais e que eles devem começar primeiro pelo participante: "a entidade tem que aparelhar os participantes e as outras esferas devem, ou podem, ser trabalhadas pela Secretaria e pela ABRAPP".

Adacir Reis acredita ainda que o fenômeno da comunicação muda por completo as relações e que a internet tem muita responsabilidade nisso. "O futuro está nas páginas eletrônicas. Temos várias entidades que nem site possuem. Precisamos repensar isso e quem sabe estabelecer um padrão mínimo para que os fundos de pensão estabeleçam ao menos uma página na internet com o mínimo de informações. Como estas fundações poderão trabalhar a educação previdenciária se não possuem uma ferramenta tão importante como esta", explica o ex-secretario.

"Educação Previdenciária pressupõe continuidade, é tijolo por tijolo, é passo-a-passo. E que a maior luta, daqui para diante será evitar a banalização da informação", de acordo com o Presidente da ABRAPP, José de Souza Mendonça.

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                                ·         Biblioteca – contendo os instrucionais:

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·         Glossário – com  termos técnicos das áreas:

o        Previdenciária

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