Inovar, inovar, inovar!


Um dos desafios que acomete toda grande empresa é como se manter inovadora com o passar do tempo. Muitas delas iniciam suas atividades a partir de uma grande inovação, mas acabam perdendo mercado pelo fato de, ao crescer, tornarem-se burocráticas e diminuírem os investimentos em novas ideias.

Estudos feitos na Inglaterra mostram que as grandes empresas são responsáveis por mais de 90% dos investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), mas conseguem apenas 65% das patentes produzidas.

Ou seja, proporcionalmente aos dispêndios em P&D, as pequenas empresas são mais inovadoras do que as de maior porte.

Especialmente em épocas de crise, a inovação é a arma que pode garantir a sobrevivência de uma empresa.

As grandes companhias já perceberam isso e cada vez mais estão adotando a chamada inovação aberta.

Se antes as empresas se orgulhavam de ter sua inovação originada exclusivamente dos seus funcionários em seus laboratórios de pesquisa, hoje é muito comum ela adquirir tecnologia de outras fontes, tais como outras empresas, universidades, fornecedores e até mesmo clientes. Com isto ela partilha o risco do desenvolvimento com outros atores, diminuindo seus custos.

Em algumas empresas, a inovação aberta foi levada a novos patamares, com os empreendedores sendo convidados a se instalar dentro delas para desenvolver seus projetos.

É o que fizeram recentemente dois grandes bancos, Bradesco e Itau, que criaram espaços de "coworking" e incubadoras para que empreendedores pudessem se dedicar a desenvolver projetos de interesse dessas instituições financeiras.

A primeira edição do Inovabra, do Bradesco, cuja duração foi de um ano, recebeu mais de 500 inscrições, e oito empresas chegaram ao final, desenvolvendo um produto minimamente viável, que pode ou não ser adquirido pelo banco.

Ou seja, se você quiser empreender, o mercado não é a única alternativa. Você pode se inscrever em vários programas desse tipo e tentar ter seu projeto patrocinado por uma grande empresa. 

Tales Andreassi - professor e vice-diretor da Escola de Administração de Empresas da FGV-SP. 

Fonte; coluna jornal FSP

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