A inflação dos custos da saúde no país deverá
chegar a 18,6% até o fim deste ano. O aumento tem levado companhias brasileiras
a rebaixar os planos de funcionários, afirma Renato Cassinelli, diretor para
América Latina e Caribe da consultoria Mercer Marsh. “As empresas têm resistido
a tomar essa medida, mas, com a crise econômica e a alta dos custos médicos,
não há alternativa. Esse movimento deverá continuar ao longo do próximo ano.”
A alta da inflação médica, decorrente de fatores
como o envelhecimento da população e os avanços tecnológicos, é um problema
mundial: em média, a taxa é três vezes maior que a geral da economia dos
países. “Mesmo na Europa, onde o mercado é mais maduro, o descolamento é
grande.” No Brasil, o aumento deverá ser mais que o dobro do IPCA (inflação
oficial). A previsão mais recente do Boletim Focus para este ano é de 7%.
Em comparação com outros países da América Latina,
o Brasil tem a segunda maior alta prevista, atrás apenas da Argentina. A
pesquisa ouviu 180 seguradoras em 49 países.
Fonte: Assistants Consultoria Atuarial