O novo e perigoso coronavírus


Opções terapêuticas ainda aguardam confirmação científica.

O navio Diamond Princess, de alegres cruzeiros pela Ásia e Austrália, no dia 3 de fevereiro deste ano atracou no porto de Yokohama, Japão, com todos a bordo muito tristes.

Até anteontem, dia 25, quando teve autorização para zarpar, seus 3.711 passageiros e tripulantes, de 56 países, permaneceram isolados nas cabines.

Os 712 doentes e a morte de seis passageiros alertaram o mundo para um novo e perigoso coronavírus, o Sars-CoV-2.

Ele é um agente infeccioso respiratório de fácil disseminação, sem tratamento mas com opções terapêuticas necessitando ainda de confirmação.

Na revista Antimicrobial Agents and Chemotherapy, da Sociedade Americana de Microbiologia, são citados alguns estudos.

Como os coronavírus só podem se multiplicar dentro de células vivas, precisam invadi-las, e assim acabam provocando a infecção.

A cloroquina e seu derivado hidroxicloroquina, que já fazem parte do arsenal de tratamento da malária, artrite e lúpus, impedem a fusão vírus/célula, interferindo em sua replicação.

Na França, foram 36 pacientes tratados com hidroxicloroquina: 6 assintomáticos e 30 com infecção no trato respiratório. Na China, a cloroquina foi eficaz para a pneumonia e duração da doença.

Outro método que vem sendo estudado é uma medicação antiviral para impedir o genoma viral de ser copiado. Em consequência, ele não poderá se reproduzir, sendo eliminada dessa forma a infecção.

Também um tratamento em estudo é afetar o Sars-CoV-2 com anticorpos monoclonais produzidos em laboratório. Teoricamente, é para impedir a ligação viral com as células hospedeiras e a consequente ação infecciosa do vírus.

 

Julio Abramczyk - médico, vencedor dos prêmios Esso (Informação Científica) e J. Reis de Divulgação Científica (CNPq).

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