Entretanto, o agente que torna possível essas
possibilidades é a mente. O cérebro não cria o seu próprio destino. A genética
apenas dá o estado de funcionamento para o cérebro, assim o sistema nervoso
pode regular a sí mesmo e o restante do corpo. Ele não precisa da sua
intervenção para o balanceamento hormonal, regular a frequência cardíaca ou
para realizar alguma das funções autonômicas. A parte mais nova do cérebro, o
neocortex, é onde as possibilidades residem. É lá que as decisões são feitas,
onde discriminamos, adoramos, estimamos, controlamos e evoluímos.
Se você coloca as experiências do dia-a-dia como
uma entrada para seu cérebro, e suas ações como saída, uma alça de feedback é
criada. O velho cliché sobre programas de computador - lixo para dentro, lixo
para fora - aplicam-se a essas alças de feedback. Suas ações dependem do que
você coloca em seu cérebro. Experiencias tóxicas dão formato ao cérebro de
maneira muito diferente das experiencias saudáveis. Isso parece senso comum,
porém a neurociência juntou forças com a genética para revelar que até o nível
do DNA, a alça de feedback que fala da mente e do corpo é alterada
profundamente pelas "entradas" processadas pelo cérebro.
Os autores são bastante objetivos. Se
experimentar é tudo, então a felicidade e bem estar são criados ao fornecer
experiências positivas ao seu cérebro. Ao perceber isso, você está aqui para
inspirar seu cérebro para ser o melhor que pode. Isso é muito mais que "o
pensamento positivo", que frequentemente é superficial e mascara a
negatividade velada. As experiências que inspiram o cérebro incluem uma grande
variedade de coisas. Todos querem viver sensações positivas (amor, esperança,
otimismo, aprovação...) sem realmente pensar em como tê-las. Para todas as
teorias que se proliferaram sobre a felicidade, pela perspectiva cerebral, tem
em comum a maximização das mensagens positivas que o cortex recebe, e
a minimização das perspectivas negativas.
Isso não implica em um mundo novo do controle do
pensamento. A vida sempre apresentará desafios, retrocessos e crises. O ponto
aqui é criar um meio que permita a melhor adaptação aos dois lados, o da
luz e o da escuridão das experiencias.
As recomendações dos autores, baseadas naquilo
que é mais atual em neurociência: