Poético?
Autoajuda? Romântico? Nada disso. O papo aqui tem tudo que ver com o racional,
além de ser uma peça importante na sua jornada rumo à independência financeira.
A
ideia de escrever esse texto veio de uma outra conversa com um amigo próximo.
Aliás, está aí uma coisa que eu adoro fazer: conversar com as pessoas! Sei que
é um desafio nos dias de hoje a gente conseguir tempo para uma boa prosa, mas
procuro me esforçar, pois isso também me enriquece. Você tem feito isso?
Este
meu colega me procurou para pedir uns conselhos. Estava preocupado com o rumo
da economia e queria saber o que eu pensava disso tudo. Não demorou muito para
entrarmos nos assuntos das finanças pessoais e ele foi logo detalhando sua
situação.
Era
um profissional qualificado, por volta dos 40 e poucos anos, disciplinado,
oriundo de família de classe média baixa. Sempre havia trabalhado para grandes
corporações e estava acostumado a receber seu salário mensal, que era bem acima
da média brasileira.
Ele
nunca havia experimentado o desemprego, embora estivesse apreensivo com algumas
manobras que estavam ocorrendo na empresa em que trabalhava. Lá, ele exercia um
cargo de diretoria, tendo sob sua responsabilidade uma equipe de algumas
centenas de pessoas.
Cuidadoso
com seu desenvolvimento profissional, foi criando os alicerces adequados para
galgar posições de maior responsabilidade. Seu plano deu certo. Lá estava ele,
gozando as regalias (e as enormes responsabilidades) que sua posição
proporcionava. Mas havia um “probleminha”: ele não estava nada satisfeito com
tudo aquilo (aliás, algo muito comum hoje em dia, não?).
O
volume de trabalho era insano, as pressões por resultados eram massacrantes e o
tempo era escasso a ponto de prejudicar seu relacionamento familiar (ele é
casado e pai de um menino). A situação estava caminhando para a rota do
divórcio – era a empresa ou a família.
Foi
então que fiz a pergunta: qual
o valor do seu patrimônio líquido?
Sim,
esta é a pergunta adequada e não aquela tradicional "Qual o valor de sua renda líquida?" ou
“Quanto você ganha?”.
Se você leu o livro Os
Segredos da Mente Milionária, então já aprendeu que o patrimônio
líquido é o que interessa.
Para
minha surpresa (e alegria), eu estava diante de mais um milionário! Sim, o
amigo possuía um patrimônio líquido de mais de um milhão de reais – um belo
número que refletia a sua disciplina financeira.
A
maior parte deste valor estava associado a um imóvel de quase 300 m2 (era um
apartamento de cobertura, com direito à uma piscina particular e, de brinde,
uma taxa condominial na casa dos 4 dígitos).
Foi
nesse momento que discutimos a possibilidade de ele gerar renda a partir de seu
patrimônio, transformando seu bem imóvel em dinheiro e colocando-o para
“trabalhar para ele”, através de investimentos com retornos anuais expressivos
e adequados ao seu perfil de risco.
Dessa
forma, ele poderia planejar uma transição de carreira, deixando seu bem pago
(mas infeliz) emprego e garantindo tranquilidade e felicidade na busca por
novas oportunidades.
Vender
o imóvel, mas morar onde? Um apartamento de três quartos, com cerca de 100 m2,
parece suficientemente confortável para alojar uma família com três pessoas, e
o valor do aluguel seria pouco mais que a taxa condominial que ele já pagava em
sua super cobertura.
Tudo
parecia fazer sentido, mas... Um "downgrade"?
O que os outros iriam pensar? E o "amor" por todos aqueles 300 m2 tão
luxuosos? E os restaurantes com culinária internacional a menos de 200 metros
de casa? E o padrão de consumo da família? Agora, com um modelo financeiro mais
"limitado", alguns desses lazeres precisariam ser cortados.
A
esta altura você, caro leitor, já entendeu onde quero chegar: independente se
você é ou não um milionário, o fato é que a grande maioria das pessoas comete o
erro de sofisticar suas vidas na mesma proporção do aumento de sua renda – Robert Kiyosaki chama
isso de “corrida dos ratos” no seu best-seller “Pai Rico Pai Pobre” -.
Para
estes, não importa o quanto se ganha, nunca será o suficiente. Depois do hábito
instalado, a reversão desse processo é complicada.
O
“segredinho” para resolver essa questão e evitar esta armadilha (que nos desvia
de nossa tão sonhada independência financeira) é a simplicidade de vida, ou
o que alguns chamam de frugalidade. Já ouviu falar disso?
Calma,
não estou dizendo que você não deve usufruir de seu dinheiro. O que estou
dizendo é que o melhor é você usufruir de seu dinheiro sem ter que se preocupar
com ele; ou ainda: usufruir de seu dinheiro a partir da liberdade proporcionada
por sua correta administração. Viva a independência financeira!
Mas
atenção: neste processo você precisará vencer alguns de seus "apegos"
e “vícios”. No caso do meu colega, optar por viver numa cidade menor e criar um
sistema de geração de renda capaz de criar R$ 10.000,00 mensais não parece
difícil. Para muitos, isso seria um sonho realizado; para ele, ainda era algo
inconcebível devido às "prisões" que o cercavam. Percebeu a dinâmica
da coisa?
Em
maior ou menor escala, isso acontece com muita gente, e talvez você seja uma
delas. Portanto, reflita com carinho sobre tudo o que eu escrevi nesta mensagem
e avalie com as pessoas que você ama a possibilidade de vocês darem mais valor ao simples.
Juntos!
Logo
você vai perceber que não precisa de muito para experimentar bons momentos de
felicidade! É mais legal que isso, na verdade: você vai notar que é mais rico
do que pensa! De repente você já pode se considerar uma pessoa financeiramente
independente, mas ainda não se deu conta disso. Será?
O
mais importante diante desta reflexão é enxergar que a riqueza é uma questão de escolha!
Fonte: site Dinheirama