Bolsa
de estudos premia o esforço de estudantes de baixa renda com boas notas.
A maioria dos jovens não nasceu em berço esplêndido e
não contará com a ajuda dos pais para financiar seus estudos.
Trabalhar desde muito cedo é a realidade mais comum,
seja para contribuir com as despesas da família, seja para pagar um curso
superior, ampliando as chances de conseguir um bom emprego e um salário justo.
Como pagar a faculdade quando a renda é insuficiente?
Existem basicamente dois caminhos para obter a graduação: recorrer a uma bolsa
de estudos, parcial ou total, em uma das escolas que oferecem essa alternativa,
ou aderir a um programa de financiamento estudantil.
Fies
O Fundo de Financiamento Estudantil é uma
ação do Ministério da Educação que financia cursos superiores não gratuitos com
avaliação positiva no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior.
Durante o curso, o estudante paga mensalmente o valor da
coparticipação, a parcela dos encargos educacionais não financiada.
Após a conclusão do curso, o estudante amortizará o
saldo devedor do financiamento de acordo com a sua realidade financeira,
conforme sua renda. Nos casos de estudantes sem renda, será devido apenas o
pagamento mínimo.
O pagamento mensal será retido na fonte, descontado
diretamente do salário, se houver. Estima-se que o financiamento seja quitado
em 14 anos.
ProUni
Programa do Ministério da Educação que
oferece bolsas de estudo em instituições particulares de educação superior, em
cursos de graduação e sequenciais de formação específica, a estudantes brasileiros
sem diploma de nível superior.
Além de ter feito o Enem e obtido no mínimo 450 pontos
na média das provas e nota na redação maior do que zero, o candidato deve
comprovar renda familiar bruta mensal, por pessoa, de até um salário mínimo e
meio (bolsa integral) ou de até três salários mínimos (bolsa parcial, 50%) e
satisfazer a pelo menos uma das condições abaixo:
- ter cursado o ensino médio
completo em escola da rede pública;
- ter cursado o ensino médio
completo em escola da rede particular, na condição de bolsista integral da
própria escola;
- ter cursado o ensino médio
parcialmente em escola da rede pública e parcialmente em escola da rede
particular, na condição de bolsista integral da própria escola privada;
- ser pessoa com
deficiência;
- ser professor da rede
pública de ensino, no efetivo exercício do magistério da educação básica,
integrante de quadro de pessoal permanente de instituição pública e
concorrer a bolsas exclusivamente nos cursos de licenciatura. Nesses
casos, não há requisitos de renda.
É possível escolher qualquer curso com bolsa disponível,
em qualquer instituição participante do ProUni. O programa reserva bolsas para
políticas de ação afirmativa (cotas), devendo o candidato cotista se enquadrar
nos demais critérios de seleção.
Cursos livres
Dependendo da qualificação pretendida e da área
profissional de atuação, os alunos podem acessar cursos livres, a distância, gratuitos. Embora
não sejam reconhecidos pelo MEC, complementam o currículo e agregam valor na
hora de procurar trabalho ou investir na carreira. O site QueroBolsa apresenta
diversos cursos nacionais e internacionais, vale a pena conhecer.
Marcia Dessen planejadora financeira CFP (“Certified Financial
Planner”), autora de “Finanças Pessoais: O Que Fazer com Meu Dinheiro”.
Fonte: coluna jornal FSP