Algumas pessoas tem medo de altura, a chamada acrofobia. Com a rapidez
de um raio, apenas olhando para baixo do alto de um prédio, em algumas pessoas
surgem os sintomas do medo de altura.
É
um medo que pode evoluir para susto ou amedrontamento intenso, mas, na
realidade, é uma forma de fobia semelhante a uma aversão sem sentido e sem
explicação que muitas pessoas sentem à aproximação de um gato ou ao ver uma
barata.
Entre
os sintomas estão a sensação atordoante de vertigem, ansiedade, tontura,
palpitação, sudorese e medo sem explicação. A tensão relacionada ao medo
aumenta a ansiedade, que aumenta a taquicardia (palpitação). São coisas que uma
psicoterapia pode ajudar.
Na
maioria dos casos, o distúrbio não está relacionado a problemas neurológicos ou
de origem vestibular do ouvido, mas eles podem ocorrer.
Os
sintomas são muito próximos e, no caso de pacientes idosos, uma consulta médica
pode afastar a possibilidade de uma isquemia cerebrovascular transitória.
A
sensação que desencadeia o medo de altura é denominada de acrofobia, apenas
mais uma das muitas fobias que afetam grande parte da população.
Quando
presente de forma excessiva e sem controle, levando até ao pânico com
frequência, o distúrbio interfere de forma intensa no cotidiano das pessoas.
Para
esses casos, há indicação para psicoterapia em associação com remédios que
podem anular a desconfortável sensação desencadeada pelo medo de altura.
A medicação, quando necessária, é
prescrita pelo psiquiatra ou indicada pelo psicólogo.
Julio Abramczyk - médico, faz parte do corpo clínico do Hospital Santa
Catarina. Está na Folha desde 1960.
Fonte: coluna jornal FSP