Uma Comunicação mais Humana


Aparentemente, estamos em uma Era dourada da indústria da comunicação. Praticamente o mundo inteiro está interligado e conectado digitalmente, mais do que nunca agora, das mais variadas e modernas formas tecnológicas.  Dessa maneira, as empresas de comunicação podem continuar afirmando que têm contribuição na nossa capacidade de nos comunicarmos melhor.
 
Para garantir a boa comunicação técnica, você precisa dos melhores roteadores, servidores, cabos de fibra óptica, sinais de wi-fi e satélites. Já, para ser um bom comunicador, considerando o aspecto psicológico, você precisa se capacitar com algumas habilidades de educação emocional:

­_ confiança de que conseguirá se fazer ouvir pelos outros;

_ capacidade de entender o que você mesmo sente e pensa;

_ habilidade de desviar dos mecanismos de defesa de seu ouvinte;

_ capacidade de ser paciente e não agressivo ao transmitir mensagens;

_ mente aberta para ouvir ideias que possam parecer estranhas ou ameaçadoras; 

– cultura que dê legitimidade à ideia de que as pessoas conversam francamente sobre os assuntos mais vitais.

Apesar de nossa proeza extraordinária no lado técnico do processo de nos comunicar, nós, humanos, provavelmente fizemos pouco progresso para melhorar a qualidade da comunicação psicológica entre nós mesmos.

Ainda ficamos ranzinzas muito facilmente, não dizemos o que pensamos ou não conseguimos nos fazer entender. Apesar de todas as torres e satélites, ainda há muitos filhos não dizendo às mães exatamente como se sentem, esposas ou maridos que não ouvem os parceiros e colegas que não encontram as palavras certas para se entender.

É hora de chegarmos a um entendimento mais amplo sobre o que uma empresa de comunicação realmente poderia ser: não apenas uma organização que garante que as pessoas se comuniquem tecnicamente, mas sim uma companhia que se disponha a facilitar o bom diálogo psicológico entre elas. Uma organização que dê às pessoas os dispositivos emocionais para garantir que as conversas importantes possam acontecer de maneira eficaz.

Sentiremos ainda mais gratidão pelas companhias do futuro que honrem adequadamente os ideais mais altos da comunicação humana.

Christian Marclay, Telephones, 1995. Via Nasher Museum of Art at Duke University.

Fonte: The School of Life Brasil <brasil@theschooloflife.com>
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