Empresas
da Nova Economia
Minha forma de ver uma empresa ideal para a atualidade é a de um organismo
vivo – pois sua essência é composta de pessoas.
É sistêmica no
sentido de que seus “órgãos” são interdependentes, holística porque
requer uma visão 360º daqueles que decidem, dirigem e executam sua governança e
gestão.
Ela é complexa pelo grande número,
variedade e relação entre fatores.
É volátil ou até mesmo frágil ao
considerarmos a velocidade das mudanças do mercado, setor e até mesmo internas
que precisam ser absorvidas, tratadas e respondidas.
Está inserida num contexto
que requer de seus gestores um pensamento não-linear, pois ou
enfrenta ou vive rompimentos de mercados, exponencialidade
do digital, falta de clareza para decidir,
além de ansiedade e incertezas sobre o futuro.
Como empresa da nova economia ela tem um propósito claro,
bem como uma visão de futuro para todos os interessados (stakeholders)
e valores comportamentais para seus
colaboradores coerentes com sua atividade e razão social de existir.
E isso é
base para uma cultura que anda par-a-par com
sua estratégia e execução.
Nessa cultura a confiança honrada
pela liderança integra e transparente é que dá liga para o propósito, que gera
energia, colaboração e bons resultados.
Sua cultura é inclusiva,
considera e lida bem com a diversidade, possibilita autonomia e
a integralidade do ser, ou seja, permite que as pessoas
sejam autênticas.
Sua estratégia está além do modelo
de negócios, pois considera o domínio do conhecimento sobre o mercado, o seu
setor de atuação, a concorrência, e as tendências econômicas, sociais,
comportamentais e tecnológicas.
É centrada no cliente (sob o ponto
de vista dele, não apenas o da empresa) e trabalha os princípios e
valores ágeis de organizações mais digitais.
Sua execução é exemplar, pois trabalha com poucos objetivos táticos
e expectativas de resultados claros e
transparentes, alinhados aos objetivos estratégicos maiores, e uso de métricas para
acompanhar a evolução dos mesmos e ajustá-los ao longo da jornada.
Trabalha a governança e os aspectos de
retorno social e proteção ambiental na
prática demostrada com a inclusão destes cuidados em seus processos e
confirmação interna e externa.
Enfim, sei que tudo o que foi dito acima parece fora da
realidade, quando vemos tantas empresas passando por dificuldades pós-pandemia
e devido ao momento econômico e político que enfrentamos, mas pesquisas
elaboradas e apresentadas pelo MITSloan review e artigos de consultorias como
McKinley, Deloitte, BCG, PwC – dizem que empresas que atuaram assim, sofreram a
crise, mas tem se saído melhor e obtido melhores resultados..
NEI GRANDO - Mentor, palestrante,
consultor