No último dia 31 de janeiro,
assisti à cerimônia de posse das novas diretorias da ABRAPP, SINDAPP e ICSS.
Algumas demandas presentes foram compartilhadas nos discursos dos dirigentes:
adesão automática, modalidade de tributação [progressiva ou regressiva] na
concessão do benefício de aposentadoria, tributação diferenciada e alíquota
zero para quem conquista o benefício de aposentadoria, aumento da atratividade
dos planos especialmente para os jovens e profissionais liberais. Pode parecer
ficção, mas todos esses os temas serão vetores de ações institucionais nos
próximos anos.
Sou testemunha de um tempo em
que outros temas foram objeto de ceticismo, de descrença e discórdia. Vou citar
dois: a UniAbrapp e a certificação, hoje consolidados entre os estimados 15
mil profissionais que integram o Sistema Fechado de Previdência
Complementar. Desses, 5.400 estão certificados. O dado foi
reiteradamente citado durante a cerimônia de posse. Uma conquista estratégica,
pelo potencial para mais excelência técnica e aprimoramento das melhores
práticas que garantem a gestão de benefícios previdenciários para 7
milhões de brasileiros.
É bom ver os números! E isso me
faz pensar nos números que pesquisei sobre Educação Previdenciária,
apresentados em meu post anterior. Se calculei corretamente, o aumento da
presença do tema junto à sociedade - nos últimos oito anos - aumentou 300%.
Para mim, hoje, esse percentual
significa um monte de perguntas:
·
Quem são essas pessoas que estão buscando informações sobre
Educação Previdenciária? Qual a idade? A escolaridade?
·
Onde trabalham?
·
Onde moram?
·
Elas têm acesso a produtos de natureza previdenciária?
·
Qual a possibilidade de elas terem acesso mas não aderirem a um
plano previdenciário oferecido por um fundo de pensão?
Hoje, quando faço uma pesquisa
no Google sobre, por exemplo - livro X, imediatamente anúncios
sobre o produto pesquisado começam a invadir todos os espaços onde navego. Nem
sempre compro. Mas tenho acesso a ofertas e apelos à compra. Robôs e
instrumentos de geolocalização são cada vez mais precisos e eficientes nessa
identificação e direcionamento da Comunicação.
O público que a Previdência
Complementar Fechada quer atingir está prioritariamente em rede. Essa é uma
janela de oportunidade que precisa ser analisada e bem aproveitada. Penso que
uma integração institucional [ABRAPP, UniAbrapp, SPPC), poderia viabilizar
ações de SEO (Search Engine Optimization) e SEM (Search Engine Marketing). O
desafio precisa chegar aos profissionais de TI, a resposta certamente está ao
alcance da rede.
Até onde posso afirmar, o
aumento de 300% foi orgânico, espontâneo e impulsionado pela discussão sobre a
Reforma Previdenciária que está em pauta no Brasil. Portanto, caso essa janela
de oportunidade não seja aproveitada, a tendência - quando o tema sair de
pauta, é uma diminuição do interesse pelo assunto. E aí, surgem mais perguntas:
e se esse interesse fosse estimulado? E se esse interesse fosse objeto de um
plano de marketing digital? Qual seria o resultado?
Penso que, não adianta apenas
desencadear o fluxo. É preciso criar uma solução integrada de captação e
retenção. Então, nos bastidores dessa abordagem digital, é necessário - no
mínimo - um aplicativo que permita desde o acesso à informação até mesmo a
adesão do interessado. É a integração de um processo inteiro de Tecnologia,
Marketing, Direito Previdenciário, Atuária, Finanças! E depois, para a
fidelização do novo participante, Comunicação e Relacionamento.
Pode parecer ficção tudo isso!
Mas tem muito potencial para virar realidade. Afinal, quem poderia prever que
uma geladeira tem potencial para fazer a compra de supermercado? Sociedade do
conhecimento não é apenas uma expressão. É uma adaptação para a evolução no
século 21. Então, por que eu sinto sempre essa sensação de que estamos perdendo
tempo?
"Viveremos a voragem dos
tempos revolucionários nas próximas décadas. Até agora eu vi a mais profunda
transformação pela qual a imprensa já passou, e sei que estamos apenas no
umbral de novas transformações [...] No momento em que você lê esta página, os
números já mudaram. O tempo atual é o de um tsunami de mudanças. Por isso, mais
importante do que falar da próxima coisa nova é entender que a mente deve estar
preparada para compreender e se adaptar ao novo. Não é fácil. O novo é inquieto
e contagiante. Atinge áreas que não se esperava fossem tocadas, produz efeitos
não previstos". Mirian Leitão em
História do Futuro - o horizonte do Brasil no século XXI
Eliane Miraglia - mestre
em Ciências da Comunicação, especialista em Gestão de Processos Comunicacionais
e consultora de comunicação, tem participado em projetos com a Suporte
Educacional.
Fonte: blog da Eliane: www.elianemiragliablogspot.com.br