Mudanças exponenciais serão necessárias para quem quiser manter seu negócio vivo


A agilidade com que as mudanças do mundo ocorrem exige das pessoas um novo formato de pensar, não mais linear, mas sim de maneira exponencial. Esse foi o tom da Palestra Especial “Admirável Mundo Novo”, do 41º Congresso

Brasileiro de Previdência Privada (41º CBPP), com Peter Diamandis, Cofundador e Presidente Executivo da Singularity University.

 

Diamandis destacou a agilidade com que o mundo está mudando, ressaltando seu amor e respeito com o Brasil, onde a sua empresa atua com diversas iniciativas.

 

Segundo Diamandis, é difícil para os seres humanos pensarem no tempo e no mundo de maneira que não seja linear. “Uma coisa que afeta o outro lado do mundo nos afeta, as coisas não mudam de uma década para outra, e sim de um mês para outro, e isso está sendo liderado por tecnologias exponenciais como sensores, redes, inteligência artificial, robótica, etc.”. Diamandis afirmou que a combinação de três ou quatro dessas tecnologias vai reinventar os modelos de negócios, reinventando nossas vidas. “As tecnologias exponenciais estão mudando o mundo, com impacto enorme”.

 

Adaptação – “As empresas que forem lentas para se adaptar a esses novos cenário serão extintas”, alertou Diamandis, reforçando que as tecnologias exponenciais têm o mesmo impacto de asteroides no sentido de mudarem o mundo em uma rapidez tamanha. Ele citou ainda a pandemia de COVID-19, que já está mudando o mundo no varejo, saúde, educação, e em tantas outras indústrias. “Isso está mais uma vez exigindo uma mudança muito rápida de empresas e indústrias, e se elas não conseguirem se adaptar, vão sofrer, e as que forem ágeis, vão prosperar”, disse.

 

Segundo Diamandis, a pandemia está ensinando sobre o poder do pensamento exponencial. “Todos nós pensamos de maneira linear. Nosso cérebro foi projetado, conectado, para ver de maneira linear, mas o mundo está mudando exponencialmente”. Ele deu alguns exemplos de empresas que persistiram em negócios lineares versus as que tiveram crescimentos exponenciais, demonstrando que empresas que não se adaptaram foram à falência, enquanto outras que surgiram com inovação tiveram sucesso e aumentaram seu valor em escalas milionárias.

 

Ele citou ainda que em conversas com grupos de investimento e conselheiros de grandes empresas, ele destaca sempre que toda empresa deve digitalizar produtos e serviços até criar uma disrupção. Além disso, as empresas devem desmaterializar, desmonetizar e democratizar.

Segundo Diamandis, a desmaterialização consiste em digitalizar para dematerializar, fazendo as coisas passarem de átomos para bits, e o custo de transmitir e replicar é zero, conseguido desmonetizar. “O valor, em última análise, vai ser a democratização. O seu marketplace já não é mais São Paulo, Brasil ou América Latina, o seu mercado vai ser o mundo, e sua capacidade será de oferecer produtos e serviços para o mundo inteiro”.

Ele deu ainda outros exemplos do impacto da tecnologia no mundo e afirmou mais uma vez: “a menos que todas as empresas embarquem nessas tecnologias, não vão sobreviver às próximas décadas”.

 

Escassez x abundância – A tecnologia também converte escassez em abundância, segundo Peter Diamandis, que destacou que se um modelo de negócios é baseado em uma mentalidade de escassez, com recursos limitados, investindo um por vez, essa empresa não vai sobreviver. Ele citou recursos como energia, água, entre outros, podem ser cada vez mais abundantes devido à tecnologia.

Diamandis falou ainda sobre a tendência de conexão com pessoas no planeta por meio do 5G, e que o mundo está sendo cada vez mais conectado. “Além de conectar pessoas, também estamos prestes a conectar tudo. Teremos 77 bilhões de dispositivos conectados até 2022”, disse. 

 

Ele citou outras megatendências no setor de saúde, impulsionadas pelo sequenciamento de genoma; o aumento de longevidade; e a inteligência artificial. “Haverá dois tipos de empresa futuramente. Uma empresa que está usando totalmente inteligência artificial, e uma empresa que está prestes a fechar as portas”, afirmou.

 

Automatização e fator humano – “A nossa missão é automatizar rotinas e humanizar a exceção. O que é rotineiro e repetitivo, tem que ser feito pela tecnologia, pela inteligência artificial. Nosso trabalho, como ser humano, é tornar a experiência do nosso cliente e funcionário, tornar aquilo humanizado, excepcional”, disse Diamandis.

Segundo ele, isso ocorre a partir de ideias inovadoras. “Onde na empresa em que você investe e trabalha há pessoas tentando ideias loucas? Se você não está tentando ideias loucas, ainda está incrementando melhorias lineares”, disse. Ao final, Peter Diamandis afirmou: “nós estamos passando pelo momento mais extraordinário da vida humana”.

 

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