Entenda Essa Crise Política.
É O Poder Mudando De Mão.
Essa súbita polarização na política,
que deve estar assustando a muitos, na realidade é simplesmente um fim de
ciclo.
O poder reinante nesse pais nos
últimos 25 anos está sucumbindo, lutando com todos os seus meios para impedir o
inevitável.
Usam jogo sujo sim, mas é por puro desespero.
Quem está perdendo miseravelmente é a
indústria, os sindicatos, os partidos desses trabalhadores chão de fábrica, as
grandes cidades, os industriais cada vez mais falidos e subsidiados.
Quem está crescendo e ganhando é a
Agricultura.
A agricultura por si já representa 25
% do PIB, contra 10% anos atrás.
O agro negócio, que incorpora as
indústrias que a fornecem, como mineração de fertilizantes, a indústria de
tratores, os bancos, as seguradoras, as transportadoras passa a ser 40% do PIB,
tranquilo.
Ter 40% do PIB significa dinheiro,
crescimento, poupança, prosperidade.
Significa crescente poder político,
que ao contrário que a maioria das pessoas pensam, o setor Agrícola não tinha
comensurável a esses 40%.
Foi sempre a agricultura que gerou
exportações e superávit no câmbio, foi sempre a indústria que importava
máquinas estrangeiras.
A Indústria sempre foi muito mais
forte do que a Agricultura, mas agora ela definha, não apresenta lucros, não
tem mais poder financeiro.
Isso explica as alianças
desesperadas, como a do Paulo Scaf com Partido Socialista, da Globo com o Psol,
da Folha com o PT, do Abílio com a Dilma.
Desespero total.
Foi sempre a Indústria que indicava
os Ministros da Fazenda, normalmente economistas ligados a Fiesp como Delfim
Neto e Dilson Funaro, por exemplo.
Foi esse total descaso pela nossa
Agricultura que resultou no enorme êxodo rural, que tanto empobreceu esse país
e fortaleceu esses partidos de esquerda.
Nada menos que 45% de nossa população
teve que abandonar a agricultura, abandonada que foi pelos Ministros da
Fazenda.
Que nem sabem mais o significado de
“Fazenda”, apropriado para um país destinado a agricultura, como o Brasil e a
Argentina.
Foi Raul Prebish, que convenceu
economistas argentinos e brasileiros como Delfim, Celso Furtado, Jose Serra,
FHC e toda a Unicamp, a esquecerem nossa agricultura a favor da
“industrialização” para o mercado interno.
Por isso investirem fortunas com
incentivos, leis Kandir, subsídios via o BNDES em indústrias antigas mas que
“substituiriam as nossas importações”, dos mais ricos, num país constituído de
pobres.
Somente a partir de 1994 , que
passaram a produzir para a Classe C e D, movimento do qual fiz parte.
Foi esse êxodo rural que gerou a
pobreza e as favelas nas grandes cidades, e que permitiu a esquerda cuidar dos
mais pobres e se elegerem por 24 anos.
Mas não tendo percebido o erro de
Prebish, é essa “substituição das importações” que irá gerar nossa estagnação e
não inovação, e lentamente destruiu a nossa indústria nascente a partir de
1987.
De 27% do PIB, 45% com seus
agregados, a Industria entrou numa espiral descendente para 14,5% hoje.
Em 40 anos passa de 45% do PIB para
14,5%.
Que reviravolta.
Essa atual crise política no fundo é
a crise da indústria e das famílias ricas desesperadas, empobrecidas mas ainda
com certo poder político.
É a crise dos sindicatos trabalhistas
que vivia dessas contribuições sindicais.
Perderam poder econômico e percebem
que estão perdendo o político, da qual nunca mais se recuperarão a curto prazo.
Quem acha o contrário que pense nos
números.
Isso explica esse desespero da
imprensa, dos artistas subsidiados, dos intelectuais das grandes cidades.
Ela é violenta por ser desesperada.
Mas é simplesmente o canto da sereia
desse grupo que vivia da indústria e de seus impostos.
Os números que apontei são
inquestionáveis e só tendem a crescer.
A Agricultura, justamente por ter
sido esquecida pelo Estado, venceu a Presidencia em 15 Estados.
Ronaldo Caiado, representante eterno
dos agricultores, vence em Goiás. As grandes cidades foram contra, elegendo
Doria e Witzel.
“Bolsonaro é quase unanimidade no
setor”, disse Bartolomeu Braz Pereira, presidente da Associação Brasileira dos
Produtores de Soja (Aprosoja).
Mais Brasil Menos Brasília, é o brado
mais campo menos cidades em decadência.
Bolsonaro foi eleito não pelos
liberais nem pelos conservadores das grandes cidades, que hoje se sentem
enganados, e só falam mal dele.
Bolsonaro foi eleito pelo seu apoio
aos anseios da Agricultura.
Que com esse sucesso da Agricultura
em 2020 só irá crescer.
Com o Covid, haverá umap fuga das
cidades para o campo, dos apartamentos para casas, dos escritórios para o Zoom.
E em mais 4 ou 5 anos, a Agricultura
terá o poder político que merece, elegerá quem quiser, com ou sem Bolsonaro em
2022.p
O poder da esquerda e da indústria
vinham ultimamente pelo saque ao Estado, vide o mensalão e o petróleo.
E todos sabemos que no Brasil
dinheiro é poder político.
“Follow the money”, como diria Sérgio
Moro.
Moro não percebeu que não foi o
combate a corrupção que elegeu Bolsonaro.
Foi a Agricultura.
Na cidade Agronômica, Bolsonaro
ganhou com 79% dos votos.
Na cidade de Sorriso teve 74% dos
votos.
Na cidade Rio Fortuna teve 68% dos
votos.
Em Mato Grosso do Sul teve 61% dos
votos.
Vejam os mapas da fronteira agrícola
e os votos dados ao Bolsonaro em 2018.
Quem elegerá os nossos Presidentes em
2022, 2026, 2039 sera a bancada agrícola, não a bancada industrial quebrada e
falida.
Quem mandará nesse pais será o
pequeno agricultor, e não a FIESP, os Marinhos, os Gerdaus, os intelectuais e
artistas da Globo que viram seus impérios empobrecerem de 1987 para cá e nada
fizeram.
Que elegeram o Lula e a Dilma,
achando que assim permaneceriam no poder político, manipulando os via
corrupção.
A tese que Bolsonaro não foi eleito
mas que foi Haddad que foi rejeitado, não se sustenta numericamente.
Haddad tinha 41% de rejeição contra
40% de Bolsonaro. Ou seja a diferença é de somente 1%.
Não são Bolsonaro e seus filhos que
são a grande ameaça à esquerda, como a imprensa e o Supremo acham.
É a Agricultura.
E ninguém dará um golpe nela.
Ricardo Salles é que está dando um
chega para lá aos ecologistas que querem destruir nossa agricultura, e foi quem
ajudou termos esse superávit colossal.
Bolsonaro colocou uma engenheira
agrônoma como Ministra Da Agricultura, em vez de um político e advogado como
Wagner Rossi, indicado por ambos Lula e Dilma.
Será o constante crescimento do
Comunitarismo da pequena cidade daqui para a frente, em detrimento da Esquerda
das grandes cidades.
É o crescimento do interior
Comunitário e Solidário, do Brasil e menos Brasília.
Um mais Brasil administrável, em
detrimento das grandes cidades frias, solitárias, sem compaixão que alimentou
os votos da esquerda.
Não é o Liberalismo e a Direita que
são a grande ameaça para a esquerda, como a imprensa e o Supremo acham.
É a Agricultura.
Uma batalha que ela já ganhou, mas
poucos perceberam.
Stephen Kanitz - consultor de empresas e
conferencista brasileiro, mestre em Administração de Empresas e bacharel em
Contabilidade.