No Tesouro Direto, investidor
escolhe o título mais adequado ao seu objetivo de investimento
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Já tive a oportunidade de recomendar a plataforma
Tesouro Direto para a aquisição de títulos públicos. Além da caderneta de
poupança, é o único investimento democrático disponível no mercado que oferece
ao pequeno investidor a mesma rentabilidade de grandes investidores. Aplicações
de R$ 30 ou de R$ 1 milhão recebem o mesmo tratamento.
A cotação (em taxa de juros) e o valor (em reais) de
cada um dos títulos disponíveis para compra estão disponíveis no site, não é
preciso negociar com ninguém. A diferença entre eles é a rentabilidade (em %)
de cada título, por vencimento.
O investidor escolhe o título mais adequado ao seu
objetivo de investimento, horizonte de tempo e perfil de risco. São três os
tipos de títulos disponíveis: taxa pós-fixada (segue a Selic), taxa prefixada
(juros no vencimento ou semestrais), índice de inflação (IPCA) mais juro real
(pagos no vencimento ou semestrais). A tabela resume as características de cada
título e informa a cotação em 29 de setembro.
Apesar de bom (baixo risco) e barato (baixo custo),
muitos investidores acabam desistindo de investir, basicamente em razão de duas
barreiras: (1) a necessidade de abrir uma conta em uma corretora de valores; e
(2) dificuldade de escolher o título mais adequado.
Embora a oferta seja relativamente pequena, o investidor
iniciante não sabe qual título deve comprar. Pensando no investidor que precisa
de orientação, o Tesouro Direto desenvolveu um simulador para ajudá-lo a escolher.
Além de apontar o título mais adequado, o simulador compara
a aplicação no Tesouro Direto com outras aplicações financeiras: poupança, CDB,
fundo DI e LCI/LCA. A simulação é feita com parâmetros predefinidos, mas
permite que o investidor altere os parâmetros, de acordo com suas próprias
premissas.
O simulador está de parabéns porque é um dos únicos que
conheço que comparam a rentabilidade líquida das aplicações, descontados os
custos e o Imposto de Renda. Vale lembrar que sempre será um simulador e que o
valor líquido de resgate será alcançado se as premissas usadas na simulação se
confirmarem.
Em relação à outra barreira, abrir uma conta em uma
corretora, nada mudou. Se você quiser participar desse mercado, como fazem os
mais de 500 mil investidores ativos cadastrados, terá de enfrentar esse
procedimento.
Uma única vez, escolher a corretora e abrir a conta.
Depois de aberta, a movimentação pode ser feita diretamente no site, sem nenhum
intermediário. O site divulga a relação das instituições credenciadas e quanto cada uma cobra
de corretagem, entre 0% e 0,5% ao ano.
Alertas finais: o risco de crédito, possibilidade de não
receber seu dinheiro de volta, é baixíssimo. Os títulos públicos são os únicos
considerados livres desse risco e não precisam da proteção do Fundo Garantidor
de Créditos.
O prazo de alguns títulos é longo, mas o investidor pode
vendê-lo a qualquer momento. Nesse caso, se expõe ao risco de mercado (exceto
Tesouro Selic) com possibilidade de receber menos (ou mais) do que aplicou. No
vencimento o investidor receberá exatamente a taxa contratada.
O Imposto de Renda será pago no resgate ou pagamento dos
juros conforme tabela decrescente de alíquotas, entre 22,5% e 15%, conforme prazo
da operação.
Marcia
Dessen –
planejadora financeira pessoal, diretora do Planejar e autora do livro
'Finanças.
Fonte: coluna jornal FSP