A
Fundação se destacou nos doze meses de 2017 nos investimentos dos recursos dos
participantes, que obtiveram uma boa rentabilidade tendo alcançado 10,91% de
rentabilidade nominal no Plano de Benefícios (PB), ante 9,93% do CDI e 6,61% da
poupança. O retorno superou com bastante folga a meta de rentabilidade do PB de
7,25% (equivalente a IPCA + 4,18%*). Em termos reais, a rentabilidade dos
investimentos do Plano de Benefícios foi de 7,73% (acima do IPCA).
Ao
final de 2017, o retorno acumulado dos investimentos do Plano de Benefícios nos
últimos 36 meses atingiu 43,68% enquanto a meta foi de 37,74%.
*Meta
de 2017: IPCA + 4,50%, deduzidos os custos dos investimentos
O
patrimônio do Plano de Benefícios encerrou 2017 em R$ 160,2 milhões, com
incremento de R$ 83,5 milhões no ano. Segundo o Diretor de Investimentos, Ronnie
Tavares “a previsão é de que atingiremos R$ 1 bilhão de patrimônio no PB em
2021”.
Os
principais ganhos na Carteira de Investimentos do Plano de Benefícios, em
termos percentuais, foram decorrentes das posições em NTN-B de médio prazo
(2021 e 2022) adquiridas em junho de 2017 com taxas de rendimento superiores a
IPCA + 5,50% ao ano assim como dos investimentos em Renda Variável (25,30% em
2017) e no Exterior (22,83% em 2017). Deve-se ressaltar que todos os ativos
dessa Carteira são Marcados a Mercado (MTM).
Enquanto
nos anos de 2014 e 2015 a postura mais conservadora da Fundação foi benéfica
para os investimentos do Plano de Benefícios, principalmente na comparação com
as EFPCs, os anos de 2016 e 2017 garantiram melhores resultados àqueles que
efetuaram investimentos mais arriscados.
Oportunidades
aproveitadas:
- Elevação
gradual do nível de risco da Carteira de Investimentos do Plano de
Benefícios, com recuo tático no início do segundo trimestre do ano, e
retomada da estratégia a partir de junho. Dessa forma, a forte turbulência
verificada no mercado financeiro doméstico em maio praticamente não afetou
os resultados da Fundação;
- Elevação
na participação no segmento de Investimentos no Exterior, notadamente com
a aquisição de cotas de fundos de investimento atrelados ao MSCI World,
geridos pelo JP Morgan e Schroder, em maio. Posteriormente, houve novo
incremento com a elevação na posição em fundo de investimento BDR Nível I
da CAIXA, ocorrido em novembro;
- Início
das aplicações no segmento de Investimentos Estruturados, com a aquisição
de cotas de fundos de investimento multimercado do Banco do Brasil, em
outubro.
Oportunidades
não aproveitadas:
- Não
fomos convictos o suficiente em relação à favorabilidade do ambiente
internacional cujos reflexos sobre os ativos domésticos mais do que
compensaram as turbulências oriundas do cenário político local e a
degradação da situação fiscal do país, principalmente no segundo semestre
do ano. Nesse sentido, deixamos de aproveitar boa parte do movimento de
recuperação nos preços dos ativos de Renda Variável, pois apenas elevamos
nossas posições neste segmento em setembro e outubro;
- No
primeiro trimestre, fomos mais cautelosos que o necessário, quando
deixamos de aproveitar melhor a expressiva queda nas taxas de rendimentos
dos títulos de Renda Fixa. Entretanto, tal falha foi compensada a partir
de junho, quando foi possível a aquisição de títulos de Renda Fixa de
médio e longo prazos aproveitando o momento de elevação nas taxas de
rendimento destes ativos após os eventos verificados em meados de maio.
A
estratégia para 2018 é acelerar o processo de alongamento dos investimentos em
Renda Fixa, focando inicialmente nos títulos prefixados com vistas também a
elevar a parcela deste tipo de ativo na Carteira de Investimentos do Plano de
Benefícios; ampliar a diversificação dos investimentos por meio do incremento
da participação de aplicações em Renda Variável, Investimentos Estruturados e
Investimentos no Exterior.
Deve-se
destacar que o aumento no nível de risco de mercado dos investimentos do Plano
de Benefícios manterá o ritmo gradual, respeitado o cenário político-econômico
mundial e, principalmente, doméstico, tendo em vista que o principal evento do
ano será a eleição presidencial em outubro, porém seus reflexos antecipados,
positivos ou negativos, deverão começar a ser sentidos já no segundo trimestre
do ano. Entretanto, a depender dos acontecimentos, a estratégia básica
mencionada poderá ser interrompida, ou mesmo revertida, caso se entenda ser
esta a melhor maneira de defender o patrimônio dos participantes do Plano de
Benefícios da Funpresp-Jud.
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