A expectativa com o isolamento social durante a pandemia
de covid-19 é o chamado “achatamento da curva”, isto é, reduzir ao máximo o ritmo
de transmissão do vírus, fazendo com que o número de casos ativos que
necessitem de hospitalizações não supere o número de leitos hospitalares
disponíveis, garantindo o atendimento adequado para aqueles que precisarem e
minimizando o número de mortes. Esse processo, de acordo com estudo global de projeção da Oliver Wyman,
poderá levar de 2 a 3 meses, seguindo metodologia de acordo com os índices
apresentados em órgãos competentes de saúde. Apesar desta estimativa, não há
uma previsão concreta de quanto tempo a população deva se manter em isolamento,
principalmente, se as ações de prevenção não forem seguidas corretamente.
Entretanto, é necessário começar a pensar sobre como
acontecerá a retomada às atividades e quais impactos serão percebidos em maior
ou menor escala pelas empresas e seus funcionários no cenário após o primeiro
ciclo da pandemia.
Vale lembrar que o fim do isolamento não significa o fim
da pandemia. O vírus continua circulando e o retorno ao trabalho sem as medidas
corretas pode acarretar em exposição maior de contágio das pessoas e,
consequentemente, um novo problema. Por isso, todas as medidas a serem adotadas
pelas organizações devem levar em consideração, principalmente, o fator de
exposição de contágio ao vírus dos colaboradores nos demais ciclos do processo
da pandemia.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os
componentes de um ambiente saudável e apropriado para o trabalho compreendem
espaço físico, ambiente psicossocial, disponibilidade de recursos de saúde e
envolvimento da comunidade. Os passos a seguir podem ajudar sua empresa a
desenvolver um plano de ação para proporcionar aos seus funcionários o retorno
gradual e seguro às suas atividades.
- Mapear riscos e
categorizar
Entenda e separe sua população em grupos: grupo de risco de contágio pelo
vírus no ambiente de trabalho, setorize os ambientes físicos por grupos
com potencial de exposição, grupos que podem manter trabalho em home
office e os de atividades que necessitam do comparecimento físico nos
locais de trabalho. Devem ser levados em consideração dados individuais
dos colaboradores, como idade dos funcionários, estado de saúde, doenças
crônicas, antecedentes pessoais e ambiente familiar (convivência direta
com pessoas do grupo de risco) e monitoramento periódico dos sintomas
relacionados à covid-19.
- Estabelecer protocolos
Revise e reforce os protocolos de prevenção ao contágio pela covid-19
estabelecidos na sua empresa, treine equipes e gestores e desenvolva
políticas efetivas de comunicação. As ações de prevenção devem estar em
consonância com os órgãos oficiais competentes. Lembre-se de não pensar
apenas no ambiente interno da organização, mas considere o transporte das
pessoas, fornecedores e os serviços de alimentação.
- Comunicar e capacitar
Desenvolva um planejamento de comunicação clara, objetiva e periódica.
Sinalize espaços, busque e engaje a cooperação de todos, treine líderes e
reforce ações de prevenção individual e ambiental como uma espécie de
mantra e seja transparente.
- Minimizar o contágio
Supervisione e monitore casos suspeitos e confirmados, realize avaliações
médicas periodicamente e faça questionários para verificação, a fim de
agilizar a identificação de novos casos suspeitos, contatos diretos e
formalização para eventuais alegações legais relacionados ao contágio do
coronavírus.
Ao se preocupar com o bem-estar de seus funcionários no
planejamento e execução dessas ações, as organizações reforçam seu compromisso
com a força de trabalho. A recuperação da empresa e da economia como um todo
dependem de um plano de ação eficiente, viável e bem desenvolvido.
Para elaborar um plano com impacto positivo na sua
empresa, nos seus funcionários e na sua comunidade, entre em contato com um de
nossos especialistas.
Antonietta Medeiros - superintendente da Mercer Marsh Benefícios.
Fonte: MERCER