21 tendências que estão mudando o jornalismo


Na minha aula de ”pensamento digital”, o objetivo é que os alunos terminem plenamente competentes nas mudanças que afetam o jornalismo. Aqui estão as principais correntes e tendências que eu espero que eles vão dominar até o fim do semestre.

Para cada tendência, eles devem entender: o que significa, por que é importante e para onde vai o caminho. Eu adicionei um link ou dois para ajudar você a começar. E ficarei contente em receber seus comentários sobre o que está faltando nessa lista.

1. O hábito das redes sociais e distribuição enquanto compartilhamento. Plataformas sociais alcançam um domínio maior relacionamento com os usuários, Facebook. (Link.)

2. A mudança para dispositivos móveis e nos celulares para aplicativos agora acontecendo em velocidade impressionante. (Link.)

3. Novos modelos de negócios para o jornalismo  além do método usual de gerar audiência para vender assinaturas e anúncios, incluindo:

  • Captar dados... para melhor focar anúncios e personalizar produtos.
  • Vender pesquisa especializada... por assinatura como Giga Om faz ou via conversação como Techdirt faz.
  • Eventos... aproveitando uma marca de jornalismo para passar poder. (um link.) (outro.)Propaganda nativa e o modelo de agência... Como fazem Buzzfeed e Vice. (Link.)
  • Modelos sem fins lucrativos... como ProPublica, Minn Post e Texas Tribune. (Link.)
  • Crowdfunding e associação de membros... como BeaconDe Correspondent, The GuardianVoice of San Diego.
  • Trabalhar sozinho... Operações de uma pessoa podem funcionar.
4. Analytics na produção jornalística aprender com o comportamento do público sem se tornar escravo dos números. (Link.)
5. O foco “produto” em empresas de jornalismo reunir tech, editorial, negócios e experiência do usuário. (Link.) 
6. Design de interação e melhorar a experiência do usuário (UX) rumo a uma ergonomia para a notícia. (Link.)
7. Jornalismo de dados em todos os sentidos: coletar conjuntos de dados, conectar dados através de APIs, visualização de dados, encontrar matérias em dados, tornar base dados limpos e pesquisáveis acessíveis para os usuários, sensores no trabalho jornalístico. (Link.)
8. Melhoria contínua nos sistemas de gerenciamento de conteúdo e, portanto, no fluxo de trabalho em que a cultura de engenharia se propaga nas empresas jornalísticas. (Link.) (outro.)
9. Dados estruturados capturar mais valor da rotina de produção das notícias. (link.) (outro.)
10. Personalização nos produtos jornalísticos. Por que dar a todos a mesma reportagem? (Link.)
11. Transparência e confiança em que ”confie em nós, somos profissionais” dá lugar a ”mostre seu trabalho.” (Link.)
12. Jornalismo aberto  incluindo: a verificação de conteúdo gerado pelo usuário, jornalismo em redecrowdsourcing e rede social como ferramenta de reportagem. O público que era chamado de audiência agora trabalha em colaboração com jornalistas na produção da notícia – da ideia de pauta a apuração ao trabalho final. (Link.)
13. Automatização e jornalismo ”robô”. Se as máquinas podem fazer o trabalho melhor e mais barato, jornalistas humanos podem subir na cadeia de valor. (Link.)
14. Criação de uma cultura ágil na redação para que a adaptação, colaboração e experiência não seja uma trabalho tão penoso. (Link.) 
15. O modelo de franquia pessoal no jornalismo baseado nos seguidores online do jornalista. (Link.)
16. Verticais jornalísticos e jornalismo de nicho. Fazer uma coisa bem e encontrar um mercado como a separação do omnibus mídia continua. (Link.)
17. O futuro do jornalismo de contexto e de explicador. Fornecendo o background necessário para entender as novas notícias. (Link.)
18. “Notícias enquanto serviço” ao invés de um produto que aparece no cronograma da empresa de notícias, um serviço que ajuda o usuário a fazer algo. (Link.)
19. Da escassez à abundância antes o jornalista acrescentava valor publicando um material novo. Agora ele também pode servir aos usuários recuperando e organizando os melhores artigos da avalanche de conteúdo barato. Isso se chama fazer a curadoria.
20. Verificação de fatos e controle de boatos. A imprensa lidava com informação falsa simplesmente não deixando passar pela porta. Agora é um dever afirmativo rastrear e desmentir notícias falsas. (Link.) (outro.)
21. “Não estamos no comando”- antes, empresas de mídia produziam notícias eram donas dos canais de distribuição. Agora, outros agentes maiores – companhias de plataformas e governos – entram no meio entre usuários e jornalistas. O trabalho jornalístico circula nos sites que os editores não controlam. As editoras de notícias têm que ”ir onde o povo vai”, porém muitas vezes não sabem está sendo feito para estas pessoas. O público tem que ser alertado quanto a isso. (Link.)
O que está faltando? Se você sabe, escreva para o Twitter @jayrosen_nyu.

Atualização:

Os itens 19 a 21 vieram de sugestões que recebi depois da primeira lista ter sido publicada.

Este post apareceu originalmente no site de Jay Rosen, Press Think, e é reproduzido na IJNet com permissão. Rosen é professor de jornalismo da Universidade de Nova York e diretor do Studio 20, com foco em jornalismo com prioridade digital.

Fonte: site Observatório da Imprensa
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