- 7 em 10 utilizam incentivos
financeiros para a retenção de talentos em transações de M&A (Mergers
& Acquisitions / Fusões & Aquisições), muitas vezes bem além
dos executivos e da alta direção
- Os EUA (76%) tem o segundo
maior nível de prevalência após o Japão
- Compradores da indústria de
tecnologia financiam planos de retenção para CEOs e reportes diretos em
49% acima da mediana do mercado
- Pesquisa revela estrutura de
retenção
A utilização de programas de retenção para
maximizar o enorme investimento em pessoas feito por companhias globais em
transações é quase uma prática onipresente, de acordo com Flight Risk in M&A: The Art and Science of RetainingTalent – (Risco de Perda em M&A: A Arte e a Ciência de Reter Talentos) –Relatório da Pesquisa de 2017 da Mercer. Mais de 7 em 10
empresas (71%) em todo o mundo dizem utilizar incentivos financeiros para
retenção de talentos como parte de sua estratégia e processo de negociação. A
pesquisa revelou, contudo, que as dinâmicas regionais, culturais e por
indústria variam muito, e entender essas variações é crucial para o valor do
negócio no longo prazo (veja Figura 1).
Figura 1: Prevalência de bonus de retenção em
transações
Fonte: Flight Risk in M&A: The Art and
Science of Retaining Talent – Relatório da Pesquisa Mercer de 2017
“Ao ter uma visão ampla de fusões e aquisições em
todo o mundo, vemos compradores enrubescerem com múltiplos recordes em
pagamentos para concluir transações,” comentou Jeff Cox, Líder da área de
Global Transactions Services da Mercer. “O denominador comum nessa atividade é
ter as pessoas certas a bordo para conduzir um desempenho operacional superior.
Nossa pesquisa inclui um guia de retenção para estruturar incentivos financeiros
para programas de retenção de talentos que são sensíveis ao tempo, acessíveis e
competitivamente alinhados”.
Os resultados da pesquisa Flight Risk in M&A
são baseados em respostas de 243 executivos corporativos e profissionais de private
equity envolvidos em transações globais e 82 entrevistas detalhadas. A
maioria das empresas (69%) representadas no estudo têm 5.000 ou mais empregados
e 77% têm receita global anual excedendo US$ 1 bilhão. A pesquisa foi
desencadeada pelo recente relatório da Mercer PeopleRisks in M&A Transactions que constatou que a “retenção de
empregados” era o principal risco percebido para negociadores globais (veja
Figura 2).
Figura 2: Retenção de empregados é a principal preocupação
Fonte: Relatório da Pesquisa People Risks in
M&A Transactions de 2016 da Mercer
Não apenas para o C-Level
Uma tendência significativa que a pesquisa da
Mercer revelou é que os programas de retenção de talentos estão expandindo
abaixo do C-level. Na verdade, quando perguntados sobre a elegibilidade de
bônus de retenção para além da alta direção e C-level, 70% listaram “outros
empregados críticos para a integração” e 35% listaram “outros empregados
independentemente de serem críticos para a integração” (veja Figura 3). Esse
último número aumentou 150% do nível encontrado no relatório da pesquisa da
Mercer publicado em 2012.
Figura 3: Elegibilidade para bonus de retenção globalmente
Fonte: Relatório da Pesuisa Flight Risk
in M&A: The Art and Science of Retaining Talent de 2017 da Mercer
“Compradores e vendedores estão ficando mais
sofisticados e flexíveis sobre a quem oferecer retenção e sobre quão fundo ir à
organização adquirida,” comentou Gregg Passin, Sócio Sênior e Líder da Área de
Remuneração Executiva da América do Norte da Mercer. “Também é importante
diferenciar entre pagamentos em dinheiro de curto prazo e prêmios em ações de
longo prazo. Programas de retenção bem desenhados e implementados são vistos
mais comumente como um tipo de ‘seguro’ para ajudar a garantir que o valor
máximo de uma determinada transação seja obtido."
O “onde” importa
O olhar da Mercer sobre as práticas globais de
retenção de talentos revelou que a localização e a indústria de uma determinada
transação podem influenciar as práticas e premissas de retenção de talentos.
Esses comportamentos precisam ser compreendidos e levados em consideração para
evitar a saída de talentos e, também, para assegurar o nível certo de despesas.
Em termos de indústria, compradores e vendedores precisam estar cientes de
certas indústrias que pagam incentivos financeiros que variam muito em relação
ao mercado geral. Por exemplo, no setor de tecnologia, os compradores financiam
planos de retenção para CEOs e reportes diretos em 49% acima da mediana do
mercado. Do ponto de vista geográfico e comercial/cultural:
- Estados Unidos - Os compradores
estrangeiros muitas vezes sentem que devem "gastar mais" na
retenção de talentos para competir contra os compradores domésticos -
especialmente se o rival doméstico estiver listado publicamente e puder
oferecer programas de ações e/ou opções como parte do programa. Essa
necessidade de gastar mais também é impulsionada pelo fato de que,
normalmente, os bônus e pagamentos de retenção são os mais generosos do
mundo, não importando onde o comprador estiver localizado, e o segundo do
mundo em prevalência (76%) atrás apenas do Japão.
- Canadá – Os compradores geralmente
sentem que o programa de retenção de talentos dos EUA deve cobrir toda a
América do Norte – isso é um erro. Os pagamentos canadenses tendem a ser
muito mais modestos e, portanto, um programa canadense distinto que se
baseie em benchmarks locais e avaliações de talentos deve ser
desenvolvido. A prevalência também é menor do que nos EUA (63% versus
76%), mas ainda comum.
- Reino Unido e Europa – Os compradores europeus
estão ligeiramente menos inclinados do que os americanos a oferecer
incentivos financeiros (67%). Entre os compradores europeus, 41% estão
oferecendo bônus de retenção a empregados além da alta direção que são
críticos para o sucesso de longo prazo da empresa – aqueles com
relacionamento com importantes clientes e fornecedores ou com conhecimento
sobre os sistemas essenciais de TI.
- Ásia – Em toda a Ásia, os
compradores claramente vêem a necessidade de utilizar incentivos
financeiros, particularmente para negócios “de saída” de seus mercados
domésticos (94%). Um bom exemplo é o Japão, onde 89% dos compradores
relatam oferecer programas de retenção, o nível mais alto de prevalência
de mercado único relatado.
Ainda que mais da metade (58%) das transações na
América Latina contem com programas de retenção, a região responde pelo
menor índice de prevalência no mundo. Ferramentas como bônus de transação a
pessoas que contribuam para o fechamento da transação e planos de carreira com
alto potencial são mais comuns na região por conta de fatores culturais e
características do mercado de trabalho. Segundo Alberto de Oliveira, líder da
prática de M&A da Mercer Brasil, “o profundo entendimento das
capacidades de gestão dos profissionais envolvidos e das necessidades da nova
companhia é o que permite um desenho de retenção adequado à realidade local”
A estrutura de retenção de talentos da Mercer para
negociadores
Com base em seu envolvimento em mais de 1.200
transações por ano, a Mercer aproveitou essa experiência e informações desta
pesquisa para desenvolver um uma estrutura de retenção (veja Figura 4). Essa
estrutura ajuda as empresas a navegar pelos quatro principais componentes de
construção do programa certo de retenção.
Figura 4: Estrutura de retenção de talentos da Mercer
Fonte: Relatório da Pesquisa Flight Risk
in M&A: The Art and Science of Retaining Talent de 2017 da Mercer