O ano é 2045! Em meio a um mundo real em conflito e
com recursos escassos existe um imenso mundo virtual, onde a maioria da
humanidade passa seus dias, onde você pode ir a qualquer lugar, fazer qualquer
coisa e ser quem quiser.
Os limites são nossa própria imaginação. OASIS, um
exemplo de mundo virtual imaginado por Steven Spielberg no filme “Ready Player
One” – Jogador 1, em português - está virando realidade.
Em breve
um número sem fim de mundos virtuais será interligado num universo virtual que
já está sendo chamado de METAVERSO.
Estamos caminhando a passos lagos para uma
sociedade digital global com uma moderna infraestrutura construída a partir
de blockchains - como Bitcoin, Ethereum, Solana, Flow e
Arweave - na qual o dinheiro deixa de ser baseado em moedas nacionais e cede
lugar às cryptomoedas.
No Metaverso as pessoas interagem através de redes
e plataformas sociais na Web 3.0, passam o tempo e se engajam por meio de
comunidades virtuais.
No Metaverso está o futuro do entretenimento e o futuro
do trabalho também, lá estão novas oportunidades profissionais e de
negócios.
Nele os ativos, sejam eles reais ou virtuais, serão
representados por NFTs – Non-fungible tokens, os tokens
não-fungíveis que são capazes de criar escassez no mundo digital.
Os sistemas
financeiros serão totalmente descentralizados e economias inovadoras surgirão.
Mídia e conteúdo estão sendo reinventados e novas
maneiras de distribuir, atribuir valor e interagir com os mesmos começam a
surgir nesses mundos digitais como Upland, Sandbox e
outros.
Empresas de games como Axie, Infinity e Zed vão
muito além de simples plataformas de jogos, permitindo que as pessoas ganham
dinheiro na forma de cryptomoedas como Ethereum, monetizem suas performances e
obtenham retornos passivos como ganham em investimentos financeiros.
Sistemas financeiros descentralizados removerão os
intermediários que existem hoje no sistema bancário tradicional permitindo que
você consiga um empréstimo em apenas 30 segundos dando como colateral
(garantia) suas cryptomoedas ou NFTs (ativos digitais). Aliás, isso já é
realidade.
A tecnologia por trás das NFTs permite que se
produza escassez na Internet. Tipo, um quadro ou uma música, que são criações
únicas, podem ser representados digitalmente na Web fornecendo uma espécie de
certificado de autenticidade de ativos digitais.
Isso é poderosíssimo porque permite que se crie a
propriedade não-replicável de ativos digitais o que simplesmente abrirá a porta
para inimagináveis novas classes de ativos no mundo digital.
Isso vai revolucionar os fundos de pensão que lidam
com investimentos e classes de ativos reais que passarão a poder ser levados
pelo participante acompanhando-o para outros lugares, sejam eles no mundo real
ou nos mundos digitais, ligados a seu avatar.
Isso representara uma mudança e tanto de paradigma
e abrirá as portas para investimentos em ativos alternativos pelos fundos de
pensão, tanto no mundo real como no mundo digital.
No Metaverso, onde os fundos de pensão também
estarão presentes, a realidade vai se misturar com ficção e será projetada por
“Realidade Estendida” (Realidade Virtual, Realidade Aumentada e Realidade
Mista).
EDER CARVALHAES C SILVA - atuário, consultor em previdência complementar