As resoluções normativas da Agência Nacional de
Saúde Suplementar (ANS) estão em baixa com a Justiça. Estudo que analisou,
entre 2013 e 2014, 4.068 ações que tramitaram no Tribunal de Justiça de São
Paulo (TJSP), envolvendo contratos de planos de saúde coletivos, mostra
que apenas 1% das decisões foram embasadas nas resoluções da ANS. No
ranking, as normas da agência que regula os planos ficaram em 18º lugar.
Em primeiro lugar aparece o Código de Defesa do
Consumidor (56,7%), seguido pela Lei de Planos de Saúde (56,5%), Código
Civil (10,5%) e Estatuto do Idoso (9,8%).
O estudo foi feito pelo mestre em gestão e
políticas em sistemas de saúde Rafael Robba, que também é advogado
especializado em direito à saúde.
Desconhecimento
Gente do setor de planos acredita que o Judiciário
“desconhece ou ignora a regulação da ANS, o que invariavelmente causa
distorções”. É que quando a Justiça concede algo que não foi contratado, todos
os demais usuários do sistema arcam com aquele custo, o que acaba
contribuindo para o encarecimento da saúde suplementar. E isto, como se
sabe, reflete até na redução do número de pessoas que tem plano de saúde.
Fonte: O Globo