Sua previdência privada não deve estar em ações;
entenda a razão
O
benefício fiscal é melhor aproveitado se a previdência for aplicada em renda
fixa ou multimercados.
Como previdência privada é um investimento de
longo prazo, muitas vezes, é sugerido que esta parcela deveria estar em ativos
com horizonte também de longo prazo, por exemplo, ações.
Entretanto, esta
estratégia pode não ser a melhor em termos fiscais.
Muitos investidores consideram a previdência privada, ou seja,
PGBL e VGBL segregados dos investimentos, como se fosses uma classe de ativos
diferente. Esta não é a melhor atitude.
Previdência privada é um veículo de acumulação de recursos
equivalente a fundos de investimentos. Seu fundo de previdência pode estar
aplicado em renda fixa, multimercados e ações.
Neste sentido, a parcela alocada em planos de previdência
privada deve ser considerada na distribuição de seu portfólio de investimento
total.
Por exemplo, imagine que você possua uma distribuição similar a
alocação média dos investidores brasileiros em fundos.
Considerando os dados da
Anbima de fundos de investimento, esta distribuição é apresentada no gráfico de
pizza abaixo.
Muitos investidores consideram a previdência privada, ou seja,
PGBL e VGBL segregados dos investimentos, como se fosses uma classe de ativos
diferente. Esta não é a melhor atitude.
Previdência privada é um veículo de acumulação de recursos
equivalente a fundos de investimentos.
Seu fundo de previdência pode estar
aplicado em renda fixa, multimercados e ações.
Neste sentido, a parcela alocada em planos de previdência
privada deve ser considerada na distribuição de seu portfólio de investimento
total.
Por exemplo, imagine que você possua uma distribuição similar a
alocação média dos investidores brasileiros em fundos.
Considerando os dados da
Anbima de fundos de investimento, esta distribuição é apresentada no gráfico de
pizza abaixo.
Na média, investidores brasileiros de fundos de investimentos
possuem 60% de seu portfólio em renda fixa, 30% em multimercados e 10% em
ações.
Usualmente, se fala que previdência deveria estar alocada em
veículos de ações, pois ambos têm perfil de longo prazo.
No entanto, o horizonte de investimento não deve ser o único
critério para decisão da distribuição dos investimentos.
O ganho fiscal é algo ainda mais relevante quando se pensa em
longo prazo.
Diferente dos fundos de ações, fundos de renda fixa e
multimercados possuem a antecipação semestral de IR, chamada de "come
cotas".
Assim, o mais adequado é alocar sua previdência privada em
fundos de renda fixa ou multimercados.
A parcela de ações pode ser alocada por meio de fundos de
investimentos, pois estes já não possuem come cotas.
Desta forma, uma maior parcela de sua carteira estará isenta do
IR semestral.
Por exemplo, se você tem R$ 100 mil em investimentos financeiros
e sua previdência privada é de R$ 30 mil, o mais adequado é que a previdência
corresponda aos fundos multimercados em seu portfólio.
Desta forma sua carteira teria uma distribuição de 60% em fundos
de renda fixa, 30% em fundos de previdência multimercados e 10% em fundos de
ações.
Evitando a antecipação de IR, você ganha
rendimentos sobre este imposto que seria pago.
Em 30 anos, a rentabilidade de uma aplicação que
não possui come cotas pode ser 50% maior do que uma que possui a antecipação de
IR semestral. Esta diferença pode ser observada no gráfico acima.
Portanto, se você distribuir sua previdência em
renda fixa ou multimercados, melhora o ganho de seu portfólio total no longo
prazo.
Michael Viriato - assessor
de investimentos e sócio fundador da Casa do
Investidor.