Participo de muitos
seminários, workshop de motivação, de criatividade, de liderança, e tenho
aprendido muitas coisas.
Uma
delas é o meta-pensamento, algo interessante, que diz respeito a como eu penso,
de que maneira meus pensamentos se formam na minha mente, e como eles me
surgem, de que jeito eu sou informado.
Penso
muito sobre como eu penso.
Buscando
sempre um jeito de gerenciar meus pensamentos. E tenho feito descobertas
pessoais incríveis.
Nessa
busca – pensar em como eu penso – já fui à Cidade do Cérebro, estudei a
emotologia do fabuloso Professor Luiz Machado.
Participei
de Seminários de PNL e estive nas palestras sobre O Segredo, A Lei da Atração,
indo beber diretamente da fonte.
Me
treinei em três grandes seminários com o terapeuta e palestrante Roberto Shinyashiki,
com vastas orientações sobre a mente humana, ele que é um influenciador de
palestrantes, um motivador de campeões por excelência.
Estudo
e assisto os seminários HSM internacionais onde palestra um dos mais fabulosos
gênios vivos deste planeta, o inventor e cientista Raymond Kurzweil, ou Ray
como gosta de ser chamado, nos ensina seus truques para inventar durante o
sono.
Não
perco uma palestra do fabuloso Renato Alves, um recordista brasileiro em
memorização, ele que é um excelente técnico mnemônico, estudioso dedicado do
funcionamento da memória humana, foco, concentração, e ensina os jovens a
estudar.
Sou
fã e leitor assíduo de tudo que escreve nossa neuro-cientista brasileira Suzana
Herculano Houzel, que compartilha seus vastos conhecimentos de neurociências
através de seus textos inteligentes, objetivos e intencionados.
Mais
recentemente estudo meditação com o inglês Mike Hughes, sempre com o objetivo
de compreender o funcionamento da minha própria mente.
Bem,
são muitos os cientistas deste mundo que consideram que a mente humana é muito
mais poderosa do que podemos supor, e a cada dia surgem mais evidências disso.
O fato
apregoado de que só usamos 10% de sua capacidade já virou mito, hoje se sabe
que o cérebro humano opera em alta velocidade – inimitável pelo mundo digital
nos próximos 50 anos, e que usamos muito mais de sua capacidade. Mas ainda num
processo errático e sem planejamento das consequências.
O
problema (ôba) é que nosso cérebro é tão prolífero e poderoso para nos arranjar
soluções quanto para nos criar problemas. Se ele é poderoso para curar, em
desequilíbrio ele também pode nos adoecer. E nos viciar em certas substâncias
por exemplo, compulsões variadas.
Minha
busca, é justamente aprender a usar um pouco o poder desse cérebro aprendendo a
gerencia-lo de modo a fazer as coisas positivas acontecerem, e aprendendo a
isolar as coisas negativas. Evitar os indesejáveis é uma e a gente considerar,
de acordo com tantos cientistas, que nossa mente é de fato poderosa, então
Gerenciar os pensamentos, buscando causar os efeitos desejados, e evitar os
indesejados.
Então
certos fatos recorrentes me chamaram a atenção:
Percebendo
o poder da nossa mente, poderia dizer que meus pensamentos podem – sim – me
adoecer. Conto aqui uma experiência que me aconteceu.
Fui
convidado recentemente por uma Universidade de Brasília a dar aulas de
criatividade e inovação numa de suas turmas de MBA em Gestão Empresarial. A
principio, fiquei feliz com o convite, aceitei, e fui me preparar para o
evento.
A
medida em que essa preparação avançava, comecei a notar certas ideias e frases
em minha mente, que diziam o seguinte:
“Mas
você nunca deu aula antes, como vai se sair?” “Será que isso vai dar certo?
Você não tem nenhuma experiência em sala de aula.” “E se alguém questionar sua
preparação e capacidade de fazer isso?” “Se algo errado acontecer, como eu me
protejo?” “Como ficará a minha imagem profissional?”
Sua
mente é tão poderosa que seus pensamentos podem fazer você doente.
Mas
não é uma relação direta, sempre. É uma relação sutil, onde causa e efeito não
costumam andar de mãos dadas. Mas esses pensamentos vão mexer em muitas coisas
em você, entre elas a sua segurança, sua auto-confiança, e você pode sentir
muito mais medo do que seria esperável. Não se enganem: palestrantes famosos
costumam tremer antes de entrar no palco. E dizem “quando eu não sinto aquele
medinho, aquele frio-na-barriga, daí sim é que acho que tem alguma coisa
errada”. Pois é, medo faz parte, mas pânico, bom, aí já é exagero.
É
comum as pessoas sentirem dor-de-cabeça no dia seguinte a um evento paniquento
desses logo no final do dia ou no dia seguinte. Tensão faz isso.
Mas
estou me referindo a ter dor-de-cabeça ANTES do evento, ou durante o evento.
E foi
assim que aquela enxaqueca foto-luminescente me pegou no meio da minha aula de
criatividade na Universidade. De repente, alguém fez uma pergunta, então olhei
na direção da pessoa que perguntou, e não consegui ver seu rosto. Como eu já
imaginava que as minhas perguntas iriam me causar algo, logo relacionei as duas
coisas.
Esse
tipo de enxaqueca – e é assim para a maioria das pessoas que tenho entrevistado
ao longo dos anos – é causada por stress – em primeiro lugar – e por algum tipo
excessivo de exposição a luzes fortes, daquele tipo que marca sua retina por
alguns minutos com um brilho que demora 4 ou 5 minutos para desaparecer. Nesse
meio tempo, você vai ficar completamente cego em todo o seu campo visual, como
uma TV fora do canal, e depois se recupera e tudo volta ao normal. Bem, aí é
que vem a dor-de-cabeça lancinante.
Eu
sabia disso, e sabia a causa, não era luz, era o stress pré-traumático como
gosto de chamar essas tensões de antes das coisas rolarem. Pois é, então fiz o
seguinte: primeiro, respirei profundamente, entre uma frase e outra,
disfarçando para que a platéia não se apercebesse.
Depois
inventei umas dinâmicas de grupo. A sala se desmontou toda, se distraiu arrastando
cadeiras e começando conversas em todos os cantos, e a atenção fugiu de mim
justamente os 10 ou 12 minutos que eu precisava para me recuperar, tomar um
gole de água, tomar um analgésico na secretaria e pronto. Dominei sem precisar
interromper nada. Claro, a dor de cabeça foi o preço que tive de pagar depois,
mas não perdi a aula, mesmo tendo ficado completamente cego por quase 4 minutos
inteiros.
Fiquei
foi muito feliz com a experiência, que me mostrou uma faceta perfeitamente
gerenciável do nosso cérebro: não deixe ele fluir com os pensamentos que
quiser. Você comanda ele, faça com que ele te carregue para as boas energias,
para que seja otimista, para que interrompa o fluxo de negatividades. E sempre
que ele começar a tentar te avisar de que um tigre-dentes-de-sabre está te
esperando na primeira esquina, mande ele relaxar, e pensar em alguma coisa
muito interessante que você irá encontrar. Então em vez do tigre, você pode
encontrar a alegria de viver, a felicidade, uma namorada nova, um carro do seu sonho
pra vender por uma pechincha, vai saber?
Domine
seu cérebro, não deixe que ele tome conta do jeito que quiser. E pratique
alguma das formas de meditação para diminuir a intensidade mental, relaxar a
mente, aquietar os pensamentos, aprendendo a dominar melhor a velocidade do seu
supercomputador de 1 quatrilhão de bytes.
Roberto
Guimarães – arquiteto e consultor empresarial, CEO & Founder da www.brasilidea.com.br