Aproveitei esse feriado em São Paulo para concluir algumas
leituras. Quem quer boas dicas para ampliar a biblioteca, anote:
1. O poder de ser você - transforme sonhos em resultados
extraordinários.Alexandre Slivnik.
2. O poder da atitude - como empresas com profissionais
extraordinários encantam e transformam clientes em fãs.Alexandre Slivnik.
3. Atitude empreendedora - descubra com Alice seu País
das Maravilhas. Mara Sampaio.
Os três livros falam de técnicas de gestão, porém o grande foco
dessas análises é uma contribuição para transformar o comportamento próprio
ou alheio. Adoro essa proposta de transformação, mesmo sabendo que não é
fácil. Antes de voar, a borboleta é lagarta!
Atitude: a chave do tamanho
Tudo começa com a atitude, a determinação que desencadeia o primeiro movimento,
a primeira ação de se aventurar pelo desconhecido. Aliás, no século 21, muito é
desconhecido. Portanto, todo negócio é uma aventura cheia de riscos, desafios,
oportunidades.
Há alguns dias, quando escrevi sobre protagonismo,
estava e ainda estou influenciada por essas leituras. E todas as orientações
desses autores têm relação com Comunicação e Educação.
Qual o posicionamento que adotamos quando pretendemos influenciar e agir para
transformar PESSOAS?
Sem preparo contínuo, esse propósito se perde. Portanto,
antes do próximo, do outro, do distante, comece por si próprio. Se o projeto é
influenciar e transformar PESSOAS, seja coerente e se tenha alvo
dessa preparação intensiva.
Lembre-se! No século 21, você não convence mais as PESSOAS. Quando se
pretende ter um resultado extraordinário, você inspira e
encanta as PESSOAS. Quanta responsabilidade. Então, prepare-se!
Alexandre Slivnik, em O poder de ser você, explica o papel da
felicidade autêntica e legítima a favor dos melhores resultados. Ele mostra o
caso da empresa Zappos, nos Estados Unidos.
"A grande novidade da organização, que tem tudo a ver com
um ambiente ainda mais amigável efeliz, é a extinção dos cargos de
chefia. Sim! Desde janeiro de 2014, a Zappos adotou um novo modelo de
gestão chamada HOLOCRACIA. Neste modelo, cada profissional é responsável
por si e por seus colegas, em um trabalho cooperativo, em que as pessoas se
organizam em círculos de trabalho que se aglutinam de acordo com as funções
exercidas por cada funcionário. Esses círculos se relacionam com outros
círculos, e as decisões acontecem por consenso entre os profissionais. Não há
mais uma ordem que vem de cima. O modelo de trabalho é horizontal: todos são responsáveis
pela organização e todos têm poder para decidir os rumos do próprio
trabalho. Até o final de 2014, os 1.500 funcionários devem trabalhar nesse novo
esquema. A Zappos nunca foi uma organização com estrutura rígida.
Pelo contrário, nunca existiram salas fechadas e os colaboradores podiam
conversar com os chefes a qualquer momento e sobre qualquer assunto.
A holocracia, forma de governança baseada na cooperação, auto-organização
e participação cria uma cultura de relacionamento aberto e transparência levada
ao extremo. E isso tem tua a ver com uma empresa como a Zappos, que presa
tanto pela felicidade".
A Zappos não é
a única empresa a adotar a bandeira da felicidade. Não é por acaso
que Coca-Cola assina suas mensagens institucionais com: "Abra
a felicidade". Sobre a Coca-Cola eu já apresentei muitas histórias
aqui. Então, dessa vez, vamos lá mostrar mais da Zappos, pela
percepção de Seitii Arata.
Esse caso me faz lembrar da orientação de meu professor Gil
Giardelli: no século 21, precisamos de novos mapas mentais, que nos
permitam transitar pelas esferas on e off line com
desenvoltura; transformando comportamentos.
Desde que eu aprendi essa orientação sobre mapas mentais, precisei adotar
uma imagem que materializasse - do meu jeito - esse conceito. Adotei então como
alegoria uma estrutura cinética complexa, multiarticulada, interdependente,
possível de ser materializada a partir da impressão 3D.
Acho que nessa história de protagonizar essas propostas de
"experiências de uso", a gente tem a chance de fazer
as PESSOAS felizes. A percepção pode ser intuitiva, pode ser
objetiva. Podemos adotar essa proposta como cultura de relacionamento:
individual, institucional. Podemos treinar, aprender mais, assim como
a Zappos e a Disney fazem com suas equipes. E, claro, ao
tomar essa decisão, é importante saber que isso não é fácil. Mas não é
impossível!
Depende de criar um ambiente propício no início, desencadear um fluxo e, com o
tempo, as atitudes vão acontecer mais naturalmente, com essa mudança em
cadeia. "Felicidade gera bons negócios",
diz Alexandre Slivnik. "Você merece ter uma vida 100% feliz.
E isso você conquista quando se dá conta de que sua missão é encantar as
pessoas. [...] Precisamos manter conexões para ser felizes".
Nas redes sociais está circulando o seguinte caso extraordinário de
encantamento:
Um conhecido foi a Disney e seu filho perdeu um
brinquedo em um dos parques. Olhem a história que ele publicou abaixo:
"Ainda na @waltdisneyworld:
-Olá, meu filho perdeu um boneco ontem no Animal
Kingdom.
-Qual o boneco e tamanho?
-Um buzz lightyear pequeno.
-Articulado?
-Sim.
-Achei, Senhor.
-Achou?!
-Aham. Está conosco no achados e perdidos do complexo Disney.
-Nossa!
-Para que o Senhor não perca tempo das suas férias, podemos enviá-lo
pelo correio até a sua casa.
-Mas eu moro no Brasil.
-Nós entregamos no mundo inteiro.
-Nossa. Qual seria o valor?
-É de graça, Senhor.
-Muito obrigado!
-Nós que agradecemos a sua visita.
Alguém dúvida que eles acreditam em finais felizes?".
Alguém tem dúvida que isso [a atitude] ensina e comunica?
Eliane Miraglia - mestre em Ciências da Comunicação, especialista em Gestão de
Processos Comunicacionais e consultora de comunicação, tem participado em
projetos com a Suporte Educacional.
Fonte: blog da Eliane: www.elianemiragliablogspot.com.br