SETE PERGUNTAS PARA SE FAZER ANTES DE SE INVESTIR


Sete perguntas para se fazer antes de investir

Comprar é apenas o primeiro passo, gerir os investimentos é uma tarefa permanente.

Investir é trabalhoso, exige muito estudo e pesquisa para localizar as melhores alternativas de aplicação. Tudo começa com as perguntas que devemos fazer a nós mesmos antes de investir:

1. Como funciona o investimento? Tenho compreensão suficiente para explicar a outra pessoa?

2. Quais são meus objetivos? Busco segurança, renda ou crescimento de capital? Ou ambos, renda e crescimento?

3. Quais são os riscos? Estou confortável em assumir esses riscos?

4. Quanto espero ganhar? É uma expectativa realista?

5. Por quanto tempo planejo investir? É uma aplicação de curto, médio ou longo prazo?

6. Quais são os custos para comprar, manter e vender esse ativo? Que impostos pagarei sobre os rendimentos?

7. Como esse investimento se encaixa com os outros que tenho?

Depois de cuidadosa análise das informações, ouvindo a opinião de especialistas e assessores, tomamos a decisão de investir e assinamos a compra. 

Será que depois de optarmos pela compra de determinado ativo a missão está cumprida?

Certamente não, comprar é apenas o primeiro passo. 

É necessário monitorar o desempenho do investimento, avaliar o impacto de possíveis mudanças no cenário político-econômico, analisar a necessidade de ajustar a posição e, não raramente, concluir pela necessidade de mudar, buscar uma alternativa mais adequada para um novo contexto.

Mesmo quando existe um gestor profissional envolvido, tomando as complexas e frequentes decisões, o investidor deve estar atento para avaliar se a gestão é competente e se a relação risco-retorno dos investimentos é adequada.

Com base na minha própria experiência, um dos principais aspectos na gestão dos investimentos se refere à tomada de decisão (ou falta dela) em relação ao momento de vender um ativo, seja porque o desempenho está ruim, abaixo do retorno esperado em razão do nível de risco, seja para realizar ganhos, colocar o lucro no bolso, quando o desempenho surpreende positivamente.

Outra boa reflexão é sobre o rebalanceamento da carteira e tem a ver com o aspecto anterior. 

Quando montamos uma carteira para determinado perfil de risco e objetivo de investimento, a alocação, nas diversas classes de ativos, segue uma alocação com faixas percentuais definidas.

O desempenho ao longo do tempo, positivo ou negativo, provocará o desenquadramento da carteira. 

Uma valorização surpreendente em ações, por exemplo, aumentará o percentual da carteira nessa classe de ativos. Se o gestor (ou investidor) for disciplinado, tomará a decisão de vender parte dos ativos para colocar a carteira de volta nos percentuais definidos, o que significa dizer que o lucro será realizado, dinheiro no bolso.

O inverso é verdade. Se uma desvalorização acontece, uma carteira que tinha 20% em determinado ativo, por exemplo, passará a ter 10% (por hipótese). 

Se a decisão for a de manter o percentual definido inicialmente e para acelerar a recuperação das perdas, o gestor ou investidor deverá aumentar a posição utilizando novos recursos ou vendendo parte das posições ganhadoras.

Pergunte a si mesmo ou ao gestor que você contrata qual a política em relação ao balanceamento da carteira, qual a disciplina em relação ao tema, com que frequência é feito.

Comprar é muito mais fácil do que vender. A decisão de não fazer nada é tão importante quanto a de comprar e a de vender, e deve ser uma decisão deliberada como as outras, não pode ser fruto de falta de gestão.

MARCIA DESSEN - planejadora financeira CFP (“Certified Financial Planner”), autora de “Finanças Pessoais: O Que Fazer com Meu Dinheiro”.

Fonte: coluna jornal FSP

 

 

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