10 coisas que aprendi ao fechar minha empresa


Empreender: eis o sonho de muitas pessoas! Provavelmente, em algum momento, você já pensou em como seria a sua vida se pudesse trabalhar para si mesmo, não é verdade? Eu também já pensei, e na verdade acabo optando por trabalhar de uma forma mais autônoma mesmo tendo que encarar as oscilações e riscos habituais a este estilo de trabalho.

E com relação a empreendedorismo, tive a oportunidade de abrir uma agência de comunicação quando tinha acabado de fazer 30 anos. Estava buscando uma série de mudanças para melhor na minha vida e achei que era o momento. Abri mão de um trabalho certo em uma empresa sólida, mas fiz a escolha de forma consciente. E foram 6 anos de muita satisfação profissional e aprendizado!

Posso dizer, entretanto, que apenas ao fechar a agência e ter que repensar os meus caminhos profissionais é que acabei conseguindo avaliar e entender uma série de pontos.  Desta vez, então, o texto é para você que pensa em empreender ou até para quem não pensa em fazer isso, mas está no mercado de trabalho ou na vida tendo que lidar com uma série de situações. Quem sabe algumas das minhas lições não sirvam apenas para que eu erre menos numa próxima tentativa, mas também para que você já se precaveja caso necessário. Vamos lá?

1.    Nada é permanente e eterno – Fechar um negócio que havia dado muito certo por 6 anos me fez entender que nada é permanente, eterno e totalmente seguro. O que você tem hoje pode não existir amanhã, e isso faz parte da vida, da história. Já leu aquele livro “Tudo que é sólido desmancha no ar”? Pois bem, o importante é entender que existe a possibilidade grande das coisas mudarem. Neste caso, como se preparar para aceitar as mudanças? Quem tem este entendimento sobre a vida acaba se dando melhor.

2.    Pessoas são o melhor ativo que você leva – Quando um negócio acaba, o melhor legado que você deixa é a sua relação com as pessoas. Isso não vale somente quando você empreende, mas também quando você está no mercado de trabalho de outras formas. Passamos tanto tempo trabalhando que é inevitável cultivar relações com quem está em nosso círculo, portanto, tenha as melhores relações que puder, trate todos com o mesmo respeito, seja profissional, e leve isso para a vida.

3.    Quanto melhor tiver feito, melhor será lembrado – Sabemos que o mundo é um “ovo”. O que você faz hoje tem reflexo lá na frente. Portanto, seja chefe ou funcionário, faça o melhor que puder. Certamente isso lhe trará bons contatos e novas oportunidades adiante. Pessoas gostam de indicar, mas só o fazem se houver confiança de que os indicados corresponderão às expectativas.

4.    O aprendizado precisa ser constante – Quando saí da agência, na qual durante 6 anos fiquei praticamente o tempo inteiro coordenando uma equipe e trabalhos, entendi que precisava aprender tudo sobre uma série de coisas que eu não fazia ideia e que o mercado exigia. No lugar de ter que correr atrás do prejuízo de uma hora para outra, aproveite que está trabalhando e não deixe de estudar nunca. Isso vale para idiomas, especializações, workshops, e etc. O aprendizado deve ser constante, pois você nunca sabe qual será a sua próxima oportunidade e demanda.

5.    Flexibilidade é palavra-chave – Se a adaptabilidade e a flexibilidade acabam sendo necessárias até para as espécies sobreviverem neste mundo, quanto mais para nós, meros profissionais desta época caótica! Entenda que as necessidades mudam, desta forma é preciso ser adaptável para conseguir oportunidades. A falta de flexibilidade só era aceitável no passado, em outros tempos. Hoje em dia não vai para a frente quem não se adapta.

6.    Faça mais do que o necessário – A concorrência no mercado de trabalho é cada dia maior, você deve estar percebendo. Desta forma, o ideal é sempre oferecer um pouco além do que se espera. É funcionário? Procure oferecer um pouco mais de dedicação, um pouco mais de criatividade, um pouco mais de resultados. É empreendedor? Procure agradar um pouco mais os clientes, ser um parceiro um pouco mais agradável para os fornecedores.

7.    Diferenças sobre dinheiro atrapalham – Questões financeiras são importantes em um negócio, portanto, se você tiver que dividi-las com alguém (um sócio por exemplo), coloque os pingos nos “is” logo no início. Mais ou menos como deve ser feito quando um casal pensa em casamento, sabe? Se houver atritos constantes relacionados à forma como cada um enxerga e age sobre dinheiro, pode ser que estes atritos também atrapalhem o resto do negócio.

8.    Há sempre espaço para novos sonhos – Um sonho não precisa ser eterno para ter dado certo. Muitas vezes ele vai durar tempo suficiente para o seu aprendizado e depois acaba para dar espaço a outros sonhos. O importante é não desanimar e entender que existe uma vida cheia de oportunidades para ser vivida. Às vezes apenas quando algo acaba é que nos obrigamos a olhar para os lados.

9.    É preciso dar tempo ao tempo – O tempo também é o melhor remédio para tudo, seja para um negócio que acabou, um emprego que você perdeu, uma situação complicada no trabalho, e até uma relação que não deu certo. Na hora é difícil ter que encarar assim, parece que a confusão vai durar para sempre. Mas passa. É só dar tempo ao tempo.

10. O entendimento só vem depois- Finalmente, saiba que o entendimento sobre uma série de coisas, inclusive sobre aprendizados como estes que eu citei, só tendem a chegar muito tempo depois. É preciso que a gente caminhe por muitas pedras para chegar ao jardim florido e nos jogar nele sem medo. Isso é normal e acontece com todo mundo. Não apenas com relação a empreendedorismo ou trabalho, mas à vida em geral. Talvez hoje você não esteja entendendo muito bem por que está passando por determinada situação, mas vamos conversar daqui um ano ou dois e certamente o entendimento – ou parte dele – já terá se apresentado! É assim que procuro pensar. Boa sorte pra nós!

Janaína Gimael – jornalista

Fonte: Site Dinheirama.

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