Gerenciadores
de senhas, além de uma memória saudável, podem ajudar
Senhas do banco, do cartão de crédito, do computador e
do email. Em meio a todas essas, é fácil esquecê-las e acabar enrolado sem
conseguir acessar informações que são importantes. Há duas frentes pelas quais
você pode enfrentar o problema: a de saúde e a de segurança de informações.
Do
ponto de vista de saúde, a atenção às senhas é um dos pontos centrais, de
acordo com Adalberto Studart Neto, neurologista do Hospital das Clínicas da
USP.
“As
pessoas esquecem senha e onde guardaram a chave, porque na verdade não
prestarem atenção”, diz Neto. Além disso, as outras dicas gerais para melhorar a memória também são úteis
no caso de senhas:
Dicas para a memória
1.
1. Organização
Um
dia a dia mais organizado ajuda a lembrar do que é necessário
2.
2. Estresse
Depressão,
estresse e solidão podem ter impactos negativos na memória
3.
3. Comida
Se
alimentar e dormir bem ajudam a memória
4.
4. Exercício para a cabeça
Atividade
intelectual também é importante para manter o cérebro afiado
Segundo
Neto, cada vez mais atividades físicas são indicadas para diminuição de fatores
de risco relacionados ao cérebro.
Mas
mesmo com todas essas dicas, existe a possibilidade de alguma senha que você
pouco usa acabar perdida na memória. Por isso, é importante ter um cofre de
senhas, diz Thiago Lima, engenheiro de sistemas da A10 Networks, empresas de
segurança digital.
Esses
programas e aplicativos basicamente centralizam todas as suas senhas e até
mesmo ajudam a gerar combinações mais seguras para uso diário.
Mas
se eu centralizar tudo e o programa é hackeado, vão descobrir todas as minhas
senhas, você pode estar pensando.
Esses
aplicativos costumam ter as informações criptografadas —o que impede o acesso
de terceiros— e também duplo fator de autenticação, ou seja, além da própria
senha para entrar no aplicativo é necessária alguma outra coisa, como sua
digital, por exemplo.
Alguns
programas do tipo —e que têm versões gratuitas— são o LastPass e o 1Password.
Outras opções também podem ser encontradas, mas o que importa, segundo Lima, é
que os dados sejam criptografados.
Para
quem não é muito afeito a aplicativos do tipo, há também a possibilidade de
você criar suas próprias senhas e guardá-las com ajuda de dicas. Nesse caso, é
importante cuidado para não ser algo muito lógico, como o nome do seu cachorro
ou palavras relacionadas a ele.
A
já clássica combinação de caracteres especiais (&*#), caixa alta e números
cria uma senha forte. Senhas que são frases --também evitando as mais lógicas—
podem ser mais facilmente memorizáveis e são difíceis de serem quebradas.
Por
fim, uma das dicas mais importantes: não repita a mesma senha para tudo.
Phillippe
Watanabe – jornalista da Folha de São Paulo